Memórias do Cárcere - Graciliano Ramos - Preso por perseguição política em 1936 e confinado na Ilha Grande, em meio a criminosos, o autor faz de sua experiência um libelo contra as condições sub-humanas dos presídios, revelando através de retratos humanos os dramas de homens sem perspectivas.
A Duração do Dia
- Adélia Prado - Depois de 10 anos
sem publicar um livro de poesia, Adélia Prado retorna ao gênero que a consagrou
e confirma por que é uma das maiores poetisas do país. Seu olhar único sobre as
coisas aparentemente desimportantes do cotidiano revela a perplexidade e o
encantamento da vida.
A Revolução dos
Bichos - George Orwell - Verdadeiro
clássico moderno, concebido por um dos mais influentes escritores do século 20,
"A Revolução dos Bichos" é uma fábula sobre o poder. Narra a
insurreição dos animais de uma granja contra seus donos. Progressivamente,
porém, a revolução degenera numa tirania ainda mais opressiva que a dos humanos
Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de ter sido
rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao
satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos
ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista. De fato, são
claras as referências: o despótico Napoleão seria Stálin, o banido Bola-de-Neve
seria Trotsky, e os eventos políticos - expurgos, instituição de um estado
policial, deturpação tendenciosa da História - mimetizam os que estavam em
curso na União Soviética. Com o acirramento da Guerra Fria, as mesmas razões
que causaram constrangimento na época de sua publicação levaram A Revolução Dos
Bichos a ser amplamente usada pelo Ocidente nas décadas seguintes como arma
ideológica contra o comunismo. O próprio Orwell, adepto do socialismo e inimigo
de qualquer forma de manipulação política, sentiu-se incomodado com a
utilização de sua fábula como panfleto.
A Vendedora de
Fósforos - Adriana Lunardi - Uma mulher aproveita a folga de fevereiro para
pôr em ordem a sua estante de livros. No meio da arrumação, é surpreendida por
um telefonema: a irmã mais nova, que mora em outra cidade, foi internada após
mais uma tentativa de suicídio. Depois de anos de separação, a mais velha é
obrigada a rever o passado, essa caixa-preta de fraturas, angústias, segredos,
recalques e escombros que, durante muito tempo, esquivou-se de inventariar.O
romance A vendedora de fósforos é um mosaico perturbador da relação entre duas
irmãs.Sob um eixo narrativo, a mais velha – que não é identificada por um nome
próprio – descreve sua viagem rumo ao encontro daquela que foi hospitalizada.
Uma segunda narrativa, à guisa de “memórias”, ilumina os episódios vividos
entre elas até a chegada da vida adulta. Neste passado, o microcosmo é uma
família de classe média com hábitos peculiares. O pai, um contador inábil,
estabelece uma rotina nômade para todos, fugindo de dívidas e de seu próprio
passado. De tão frequentes, as mudanças de cidade inviabilizam a criação de
laços que extrapolem o círculo familiar. A mãe resigna-se numa espécie muito
particular de submissão, engalanada com tailleurs e sapatos de salto
improváveis para o cotidiano de uma dona de casa. E o irmão mais velho intriga
fonoaudiólogos com um problema incomum: é incapaz de referir-se a si próprio em
primeira pessoa. Imersas nesse sistema disfuncional, as irmãs estabelecem uma
complexa relação que culmina no torturante jogo de espelhos. Alteridade e
amálgama, sobreposição e jogos de sombra, comunhão e disputa. Tudo isso se
mescla na torrente de fantasmas que é a vida compartilhada, base para que a
autora construa uma narrativa engenhosa, rumo a um final surpreendente. A
vendedora de fósforos tomou o seu título do conto “Den lille pige med
svovlstikkerne” (“A pequena vendedora de fósforos”), de Hans Christian
Andersen. “Dá para mudar a história dos livros?”, indaga uma das irmãs. “Aquela
é a história do Andersen. A minha eu conto assim”, ouve como resposta. É a
linguagem, afinal, que funde as duas irmãs-protagonistas deste romance. Ambas
aspirantes a escritoras, constroem sua relação em jorros vocabulares e
silêncios profundos; embaralham-se e azucrinam-se porque estão, como grande
parte dos personagens de Adriana Lunardi, ousando experimentar as artimanhas da
palavra.
Em seu segundo romance, Adriana Lunardi retoma os temas que marcam sua elogiada trajetória na literatura contemporânea, entre os quais o hálito da morte – sua presença nas entrelinhas –, como elemento que redimensiona a trama. A autora também volta a explorar as muitas faces da atitude narrativa, com o que ela tem de pecado e redenção, para interligar cacos de uma história contada de forma não linear, embaralhada e densa como é, sempre, a composição do passado.
Em seu segundo romance, Adriana Lunardi retoma os temas que marcam sua elogiada trajetória na literatura contemporânea, entre os quais o hálito da morte – sua presença nas entrelinhas –, como elemento que redimensiona a trama. A autora também volta a explorar as muitas faces da atitude narrativa, com o que ela tem de pecado e redenção, para interligar cacos de uma história contada de forma não linear, embaralhada e densa como é, sempre, a composição do passado.
Casa Aberta - Fernando Brandt - Publicadas semanalmente
ao longo dos últimos cinco anos, as crônicas deste livro traçam um amplo
panorama da vida brasileira das últimas décadas, numa linguagem suave, humana e
profundamente comprometida com vivências e amizades. Partindo do próprio
ambiente familiar, rememorando o passado e projetando o futuro, é toda uma
visão de mundo extremamente consistente que nos é oferecida, desde o momento em
que o autor descobre sua vocação – quase por acaso – até as longas viagens pela
memória, pelo Brasil e pelo mundo. Acima de tudo, este livro é uma longa
travessia através da vida e do tempo, do espaço e dos acontecimentos que
marcaram o Brasil na segunda metade do século XX e na primeira década deste
século XXI.
Contos de Mistério
e Assombros - Nelson Albissú - Não é fácil encontrar um bom contador de
histórias como havia antigamente, quando as pessoas se sentavam para ouvi-las e
contá-las. Mesmo assim, garimpando aqui e ali, acabamos encontrando verdadeiros
artistas dessa arte da oralidade, capazes de uma fluência tão fantástica que
nos é impossível reproduzir na escrita o mesmo encanto despido das
representações de seus contadores. Por isso, só mesmo com a pretensão de que
essas joias do imaginário popular não desapareçam com o fim dos contadores, é
que eu me encorajei a escrevê-las. Que esta minha escrita de histórias,
contadas de uma geração a outra, chegue aonde a minha boca não alcança e se
transforme no elo entre os que me contaram com aqueles que as lerão!
Crônicas para Ler na Escola - Marcelo Rubens
Paiva - Marcelo Rubens Paiva é um cronista provocador.
Sempre atento aos dramas e comportamentos do homem contemporâneo, o escritor
cria tramas inusitadas e sem meias palavras, que provoca em igual medida o riso
e a reflexão. Em Crônicas para ler na escola, o autor de Feliz Ano Velho volta
a seduzir o jovem leitor com a escrita irreverente que o consagrou. Em cenas
breves, surgem tipos inesquecíveis - a culpada, o solitário, o-do-contra, o
chato, o individualista - logo identificados como amigos, familiares ou
vizinhos, tão comuns quanto próximos a qualquer pessoa.
Pautadas com humor, erotismo e crítica, as crônicas revelam
Rubens Paiva como um habilidoso observador da alma humana. Com uma visão lúcida
e irônica, o escritor compartilha vivências pessoais e reflexões sobre temas
diversos, transitando entre a ficção e a realidade com desenvoltura. Educado
entre quatro irmãs, desenvolveu aguçada aptidão para falar do universo
feminino. A condição de escritor é também tema recorrente em suas crônicas. Ao
"ficcionar" suas memórias, elabora enredos em que autor e personagens
convivem no mesmo tempo e espaço. O fato é que Marcelo não se esconde e se
entrega de forma inteira ao leitor. Defende um país mais democrático e
tolerante, uma juventude engajada e inteligente, e se coloca contrário à
desonestidade, injustiça e ao oportunismo. Sem recorrer a verdades absolutas,
aborda valores que moldaram seu caráter e a importância da coerência entre o
que se acredita, fala e propaga. Mas sabendo, que poder mudar de opinião é,
antes de tudo, uma sabedoria.
Contos e
Crônicas para Ler na Escola - Moacyr
Scliar - A força e a delicadeza dos textos selecionados para esta antologia
aproximam os leitores de um dos maiores “narradores urbanos” da ficção
brasileira. O estilo leve e bem-humorado é uma das marcas do talento de
Moacyr Scliar, um dos nomes mais relevantes da literatura brasileira
contemporânea, morto no início de 2011. Sua narrativa destaca episódios
curiosos, atuais ou longínquos, da literatura e da história mundiais, além das
constantes referências à sua própria herança cultural judaica, com especial
atenção ao papel das mulheres e da família. Fatos do dia a dia, eventos
históricos e lembranças familiares ganham contornos e ângulos inusitados na
obra de Scliar. O escritor portoalegrense é um observador perspicaz do mundo à
sua volta, e surpreende nos pequenos detalhes, que condensam a diversidade e a
riqueza do ser humano com naturalidade.
Contos
Novos - Mário de Andrade - O livro é
uma síntese dos principais traços do estilo do autor: oralidade, linguagem simples
e livre, referências pessoais mais ou menos explícitas, temática do trabalho e
da solidão. As narrativas de Contos novos podem ser divididas
em dois grandes grupos, de acordo com o foco narrativo. Assim, temos quatro
contos narrados em primeira pessoa (“Vestida de preto”, “O peru de natal”,
“Frederico Paciência” e “Tempo da camisolinha”) e cinco em terceira (“O
ladrão”, “Primeiro de maio”, “Atrás da Catedral de Ruão”, “O poço” e
“Nelson”). O traço comum aos contos narrados em primeira pessoa é a presença
de um mesmo narrador, Juca. Sua personalidade é formada a partir de
experiências marcantes de rejeição e luta contra a repressão. Das primeiras,
destaca-se a relação adolescente com a prima Maria de “Vestida de preto”. Das
segundas, mais marcantes, os exemplos se sucedem. Entre as imagens da
repressão, ganha destaque a figura paterna, que aparece em “Tempo da
camisolinha” obrigando o narrador a podar as madeixas – alegoria simples da
castração. Em “Peru de natal”, o pai, já morto, ainda representa a
instância capaz de anular a celebração e a liberdade. A fama de louco que Juca
adquire com o tempo é uma reação ao rigor familiar e superá-lo representa a
deglutição paterna de que trata Freud. A oposição entre prazer e
repressão, no entanto, nem sempre tem final feliz: a relação com Frederico
Paciência termina sem conclusão e sem nome porque as barreiras sociais e
psicológicas são fortes demais para Juca. Mas o desejo de libertação pode
também ter fornecido as bases para a estética não convencional que o narrador
manifesta nos contos em sua linguagem marcada pela oralidade. Nos
contos narrados em terceira pessoa, duas imagens sobressaem: de um lado, a
solidão; de outro, a solidariedade. Solitário é Nelson, do conto homônimo, cuja
identidade se limita ao título, já que no corpo da narrativa ele não tem nome e
nem sequer uma história precisa. Sua condição se acentua no interesse sádico e
desrespeitoso demonstrado pelos rapazes que comentam sua vida, tão passageiro
quanto a comunhão provocada pela correria de “O ladrão”, depois da qual cada
morador retorna ao seu insulamento, reforçando a solidão. Note-se, aliás, que
neste último conto o ladrão que lhe dá título não é sequer visto – marca de uma
marginalização contundente. Solitária é ainda a Mademoiselle de “Atrás da
Catedral de Ruão”, envolvida em suas fantasias sexuais e seus desejos contidos.
Por outro lado, a solidariedade se manifesta no universo do trabalho na união
dos empregados de “O poço”, que enfrentam o fazendeiro – imagem acabada do
autoritarismo paternalista e do desprezo elitista pela vida humana. E também na
trajetória de 35, o protagonista de “Primeiro de maio” que faz da celebração da
data uma forma de oposição ao oficialismo – demarcado no conto pela presença de
policiais pelas ruas de São Paulo, representativa da opressão da ditadura
Vargas. O 35 busca escapar, assim, de um trabalho alienante para o qual a única
saída parece ser a solidariedade, evidente em seu gesto final de auxílio ao
colega idoso.
Esse Nosso
Português - João Ubaldo Ribeiro (
Crônicas sobre a Língua , Linguagem e Literatura ) - Esta antologia traz uma seleção de
crônicas do célebre escritor; nascido em Itaparica (BA), João Ubaldo Ribeiro.
Publicadas em jornais, elas têm a versatilidade característica do gênero, mas
não abrem mão, sob nenhuma hipótese, do tempero baiano de Ubaldo, recheadas de
graça e humor e salpicadas de ironia fina. Certamente, um deleite.
Contos de Amor
- Rubem Fonseca - "O primeiro encontro entre um homem e uma mulher
pode ocorrer de mil maneiras, mas creio que o nosso foi diferente. Eu estava
andando na rua quando algo caiu sobre minha cabeça. Por alguns segundos perdi
os sentidos. Quando recuperei a consciência, estava deitado na calçada, ao meu
lado um vaso de flores partido e terra espalhada pelo chão. Passando a mão na
cabeça percebi que sangrava. Nesse momento, Lavínia surgiu pedindo desculpas,
dizendo que o vaso havia caído da janela dela, no quarto andar, que me levaria
para o hospital. Eu respondi que estava me sentindo bem, que ia sozinho, ela
insistiu, discutimos, acabamos indo juntos. Levei oito pontos no couro
cabeludo. Não creio que muitos namoros tenham começado dessa maneira."
Uma Coisa de
Cada Vez -André Resende - O tempo passa, sem nunca passar dentro de nós,
e a história é deixada para trás, presa ao presente e às esperanças futuras.
Vive-se um sem fim irrealizável, um novo dia, enquanto os fragmentos simulam
uma idéia da vida verdadeira. André Resende compõe com Uma coisa de cada vez
uma rede de histórias, personagens e um suposto autor que transitam do sonho ao
riso, da angústia ao improvável. As personagens se comunicam pelas rotinas,
acontecimentos, parentesco e amizade. Seguem uma orientação, a mensagem que
indicaria a fórmula ideal para agir, pensar e realizar-se, não muito longe:
exatamente onde estão. Do sonho ao riso, da angústia ao improvável. Cada
personagem aplica a orientação uma coisa de cada vez, à qual aderiu em ocasiões
e situações diversas, como sentido renovador que aponta a fragilidade da vida.
Promessas nascem como bolas de sabão e flutuam vazias, sem compromisso de
chegar a lugar nenhum, apenas se equilibram no ar por um tempo e desaparecem
diante dos olhos. Esse movimento – equilíbrio, sonho, promessa, angústia - é
frágil e não se suporta com aquilo que é. A fragilidade no centro das rotinas
cotidianas que sustentam a vida - não apenas em relação à morte, mas em busca
de um sentido à existência – aparece ao lado da incomunicabilidade e da
dificuldade de chegarmos facilmente ao outro. E um registro, movido pela
orientação de que, uma coisa de cada vez, assim como se diz do futuro: o
passado é imprevisível. Contadas em voz baixa, sem prometer surpresas e
desafios, a não ser o próprio contexto das personagens, as histórias de Uma
coisa de cada vez pedem leitura atenta, sentida.
O Último Voo do
Flamingo - Mia Couto - Mia é Couto um dos escritores africanos de maior
destaque da atualidade. O último voo do flamingo, publicado originalmente em
2000, é seu quarto romance, e foi lançado quando Moçambique comemorava 25 anos de
independência de Portugal. Depois de um longo tempo de guerra civil,
soldados das Nações Unidas estão em Moçambique para acompanhar o processo de
paz. O romance narra estranhos acontecimentos de uma pequena vila imaginária,
Tizangara, ao sul do país, onde militares da ONU começam a explodir
subitamente.
Esquimó - (
Poemas ) - Fabrícia Corsaletti - Reúne
60 poemas escritos entre 2006 e 2009, que se articulam e conversam entre si, de
modo a não prescindir uns dos outros. Essa articulação - sintática, rítmica e
de sentido - imprime um movimento muito especial à leitura, já que a sucessão
dos poemas introduz ressonâncias que promovem uma espécie de releitura, na
memória, dos poemas já lidos; releitura retrospectiva que cria, por sua vez,
uma acuidade especial para os poemas que ainda vêm. Dois tons se conjugam em
Esquimó (duas vertentes que o poeta chama, brincando, de "poemas vazios"
e "poemas bizarros-humorísticos"), dispostos de forma a reforçar esse
jogo que tonifica os poemas e sua leitura. Paralelamente a eles, numa espécie
de baixo contínuo, estão os poemas de amor.
Till – A Saga
de um Heroi Torto - Luís Alberto de Abreu ( Adaptação Teatro de Rua ) - Escrito por Luís Alberto de Abreu
para a Fraternal Companhia de Artes e Malas-Artes, “Till Eulenspiegel”, cabe
perfeitamente ao estilo saltimbanco da estética do Grupo Galpão, onde foi
re-batizada por “Till – A Saga de um Heroi Torto” . O texto tem inspiração numa
lenda alemã da Idade Média e base no formato das comédias medievais. O
anti-heroi aqui apresentado, Till Eulenspiegel, é fruto de uma aposta entre
Deus e o Diabo de que, tirando do homem algumas de suas qualidades, ele cairia
em perdição. Deus, aceitando o desafio, resolve trazer ao mundo a alma de Till.
Vivendo em uma Alemanha miserável, povoada de personagens grotescos e
espertalhões, logo de início o protagonista é abandonado em meio ao frio e a
fome e descobre que a única maneira de sobreviver naquele lugar é se tornar
ainda mais esperto e enganador. Assim começa sua saga cheia de presepadas e
velhacarias. Além de Till e uma infinidade de rústicos personagens medievais, a
peça conta também a história de três cegos andarilhos que buscam a redenção,
sonhando alcançar as torres de Jerusalém e salvar o Santo Sepulcro das mãos dos
infiéis.
No Urubuquaquá,
No Pinhém - Guimarães Rosa - Este livro faz parte do volume
Corpo de baile, dividido por decisão do próprio autor em três livros (os outros
são Manuelzão e Miguilim e Noites do sertão). Inclui as novelas 'O recado do
morro', que conta a história de uma canção a formar-se, e 'Cara-de-bronze', que
refere-se à poesia, além do romance 'A estória de Lélio e Lina'. Prêmio Jabuti
de Produção Gráfica (menção honrosa) em 2002.
O Capote e
Outras Histórias - Nikolai Gógol - Organizado e traduzido diretamente do
russo por Paulo Bezerra, que também assina o posfácio, este volume apresenta ao
leitor um panorama geral da obra gogoliana, ao trazer, ao lado de algumas de
suas histórias mais conhecidas ("O capote", "O nariz" e
"Diário de um louco"), duas narrativas "folclóricas", do
ciclo ucraniano ("Viy" e "Noite de Natal"). Se nas
primeiras o cenário é São Petersburgo e os pequenos funcionários da burocracia
czarista e, nas segundas, o universo rural com suas lendas e personagens
míticos, em todas prevalece o humor, o tom fantástico e a genialidade narrativa
de Gógol, nesta sequência de verdadeiras obras-primas.
O Segundo Tempo
- Michael Laub - No dia 12 de
fevereiro de 1989, Grêmio e Internacional entraram no gramado do estádio
Beira-Rio, em Porto Alegre, para aquele que ficou conhecido como o mais
importante confronto da história do esporte gaúcho - o chamado Gre-Nal do
século. Na arquibancada, um garoto de quinze anos divide-se entre a atenção aos
lances do campo e um dilema - dar ou não a Bruno, o irmão caçula sentado ao seu
lado, a notícia que vai mudar radicalmente a vida de ambos. Desde as primeiras
linhas, este breve e original romance deixa claro que não trata propriamente de
futebol, mas de suas relações com o universo dos afetos. Falar do que aconteceu
numa partida real, seqüência construída com os instrumentos às vezes
inconfiáveis da memória, é refletir ficcionalmente sobre uma experiência
íntima. Assim, as descrições do pique de um centroavante ou do giro de corpo de
um ponteiro direito, com as conseqüentes reações entre os torcedores, ganham
ressonância no caminho percorrido pelo protagonista - inicialmente acuado pelos
segredos terríveis que guarda - envolvendo seu pai, sua mãe e a desintegração
iminente de sua família -, ele decide enfrentá-los à medida que mudam as
expectativas quanto ao resultado do jogo.
O Vale de
Solombra - Eustáquio Gomes - Um
livreiro que acredita apenas no que vê e um velho tradutor que acredita nos
sonhos são os personagens que transitam com seus conflitos por este Vale de
Solombra cheio de encantos, magia e descobertas. Busca e fuga, passado e
presente,memória e mistério, metafísica e cotidiano, o Brasil e o mundo. A
combinação desses elementos é capaz de envolver e permitir que o leitor faça
parte desse labirinto de ideias e impressões.
Eustáquio Gomes, o mestre de A Febre Amorosa, volta a nos divertir e inquietar com humor e texto ainda mais refinados. Um romance para ser degustado feito uma bebida preciosa.
Eustáquio Gomes, o mestre de A Febre Amorosa, volta a nos divertir e inquietar com humor e texto ainda mais refinados. Um romance para ser degustado feito uma bebida preciosa.
Coletivo 21
- Antologia Poética - Criado em maio
deste ano, como um fórum para a troca de ideias e a organização de iniciativas
para dar visibilidade aos escritores e suas obras, o grupo Coletivo 21 lança
agora o resultado de sua primeira ação: um livro homônimo com a reunião de 33
textos, em prosa e verso, publicado pela Autêntica Editora. 'Coletivo 21' é uma
antologia com uma proposta diferenciada: um mosaico de contos, crônicas, versos
e aforismos, trechos de romance e biografia, além de um texto visual. Dela
participam alguns dos principais escritores da atualidade e novos nomes do cenário
literário, integrantes do Coletivo 21, que apresentam sua visão particular
sobre os mais variados temas.
O Uraguai -
Luiz Galdino ( Do poema de Basílio da Gama ) - é o título que representa o
Brasil na coleção Clássicos do Mundo. Contado em prosa por Luiz Galdino, O
Uraguai é considerado um marco decisivo na formação da nossa Literatura. Além
de uma medida ideal para o tamanho e a versificação do poema, O Uraguai inova
em sua constituição quando escolhe para assunto tema ideológico e apresenta o indígena
brasileiro não como matéria de curiosidade e exotismo, mas um indígena como
"matéria poética", quando valente e convicto de seus direitos afirma:
"Esta terra tem dono!".
Contos Obscuros
de Edgar Allan Poe ( Seleção de Bráulio
Tavares ) - Edgar Allan Poe é o grande mestre do conto,
ocupando lugar inconteste na história da literatura mundial. Ao longo do tempo,
sua obra tem sido fartamente traduzida e editada no Brasil. Mas grande parte
das coletâneas apresenta, compreensivelmente, os dez ou quinze textos que
fizeram sua fama. A antologia "Contos obscuros de Edgar Allan Poe"
cumpre um novo e importante papel: oferecer ao leitor dezesseis histórias
raramente traduzidas no país. A seleção de Braulio Tavares, autor de celebradas
antologias de literatura fantástica, leva em conta a indiscutível qualidade dos
textos, além da presença dos temas mais caros ao autor e suas principais
obsessões. Assim, a edição acaba atendendo a uma busca permanente do próprio
Poe: a diversidade. É ele quem diz: "Se todos os meus contos estivessem
agora à minha frente e eu tivesse a incumbência de compor uma nova seleção, o
critério que primeiro ocuparia minha atenção seria o de diversidade e
variedade." No posfácio, o organizador ilumina, a partir de uma minuciosa
pesquisa e do conhecimento de especialista, o contexto dessa produção, traços
da misteriosa biografia do autor e os caminhos de sua criação. Ao fim dessa
jornada, é possível entender por que Edgar Allan Poe continua sendo, 160 anos
após sua morte, um dos mais contemporâneos escritores da literatura
ocidental.
O Baú do Tio
Quim - ( Luiz Antônio Aguiara ) - “Talvez
a cisma tenha começado num desses sonhos com tio Quim, que eram sempre repletos
de sustos e imagens estranhas, de labirintos escuros, pelos quais a garota
corria, em desespero, sem conseguir encontrar a saída, com a certeza de que
havia um monstro faminto no seu encalço. Então, foi de um sonho desses que Dedá
acordou, naquele meio da madrugada que muitos escritores chamam de ‘as horas
mortas da noite’ e algo, irresistivelmente, no baú, lhe chamou a atenção. Um
pressentimento. Como se não estivesse sozinha no quarto. Como se ali, de dentro
do baú, o tal troço a estivesse vigiando enquanto ela sonhava. E agora que o
sonho fora interrompido, o dito troço mantinha-se fixado nela. Obcecado por
ela. Querendo-a em silêncio, imóvel, só olhos.”
O Homem
Invisível - H. G. Wells - Em uma noite gelada de fevereiro,
surge numa cidade isolada na Inglaterra um desconhecido à procura de abrigo.
Com o rosto coberto de bandagens, enluvado e de óculos escuros, esse homem
misterioso, de pouca conversa, parece estar se recuperando de um acidente que o
desfigurou. Pede à dona da estalagem um quarto reservado, onde possa passar os
dias sem ser incomodado. Mas a verdade está muito além da compreensão dos
habitantes do vilarejo. Esse homem ríspido, que desde o início se indispõe com
os demais, criou um método para se tornar invisível e caiu em sua própria
armadilha: sem um antídoto, não pode voltar ao estado original. Acossado pelos
moradores, incapaz de lidar com o poder que a invisibilidade lhe confere, ele
caminha gradualmente a um estado de violência e intolerância. Neste romance
clássico da literatura inglesa, Wells constrói uma brilhante história sobre
ambição, horror, e a capacidade da ciência de corromper as pessoas quando usada
de forma abusiva.
Uma Janela em
Copacabana - Luiz Alfredo Garcia - Copacabana, Rio de Janeiro. Dois
policiais são executados em curto espaço de tempo. Suas mortes têm muito em comum.
Ambas as vítimas eram tiras de segundo escalão, com carreiras medíocres. Foram
eliminados pelo mesmo homem, um assassino que dispara à queima-roupa e não
deixa rastro. O mundo policial entra imediatamente em rebuliço. Quem estaria
disposto a correr o risco de sair matando tiras, ainda que inexpressivos? Gente
ligada ao tráfico? À própria polícia? Em meio às confusões de seu cotidiano de
livros sem estantes e mulheres fugidias, o delegado Espinosa tem poucos
elementos para desvendar o caso, mas sabe que quem cometeu os crimes tem uma
motivação forte. Se matar um tira não costuma nunca ser um bom negócio, alguém
deve ter concluído que eliminar esses dois era uma questão de estrita necessidade
- dos riscos, o menor. Percorrendo as ruas de sua geografia predileta, entre os
bairros do Leme e de Copacabana, o delegado vai se deparar com outras mortes e
com uma mulher enigmática e insinuante, casada com um figurão da área econômica
do governo federal.
De Amor e
Amizade ( Crônicas para jovens ) - Clarice Lispector - Amor e amizade
inspiraram Clarice Lispector dezenas de vezes. Prova disso são as quatro
dezenas de textos selecionadas pelo editor Pedro Karp Vasquez para a coletânea
De amor e amizade – crônicas para jovens, primeiro de uma coleção que reunirá crônicas,
escolhidas por temas, de Clarice Lispector. Sem prender-se a significados
prosaicos, a escritora criou durante anos histórias que remetem a amizades
daquelas sem tamanho, a amores para o resto da vida, a relacionamentos baseados
na superficialidade e até mesmo ao episódio daquele amor destruído por causa de
um bule de bico rachado. Passadas mais de três décadas da morte de Clarice
Lispector, os textos confirmam que esses sentimentos permeiam relações e
gerações.
Os textos escolhidos apresentam-se impregnados pela forma incomum com que a escritora transporta para o papel seu jeito de ver o mundo e de lidar com o amor e a amizade. Linha após linha, Clarice conduz seus leitores pela “mistura de observações das miudezas do cotidiano com vastos voos do espírito”, como define o editor no prefácio. Leitores de Clarice Lispector não tem idade, mas desta vez a seleção foi pensada para provocar uma experiência inspiradora em jovens leitores, aqueles que “estão começando a descobrir os mistérios e os prazeres do amor e da amizade”. Histórias fictícias intercalam-se com relatos pessoais, nos quais Clarice parece prestar uma homenagem a amigos queridos. Aparecem nesses momentos, companheiros de episódios de alguma fase da vida da autora, como é o caso do matemático Leopoldo Nachbin. Clarice e Leopoldo encontraram-se no primeiro dia de aula do Grupo Escolar João Barbalho, em Recife. Durante alguns anos, os dois foram os mais impossíveis da turma, com boas notas em todas as disciplinas, exceto em comportamento.
Clarice escreve ainda sobre outro tipo de amor/amizade, aquele com toques genuínos de admiração, algo próximo ao sentimento que levou a leitora anônima a fazer um suéter especialmente para a escritora. A resposta, em tom de agradecimento, foi escrita com a delicadeza que Clarice costumava dedicar aos leitores – a quem chegava a responder cartas e a escrever crônicas baseadas em suas sugestões e seus questionamentos: “E eis-me dona de repente do suéter mais bonito que os homens da terra já criaram.” De amor e de amizade – crônicas para jovens não se restringe, porém, somente àqueles que encontram-se com Clarice pela primeira vez, mas serve também como um “sopro de renovação e reflexão para os leitores mais maduros”, aqueles que há muito já descobriram que a vida não foi feita para ser vivida automaticamente e que tanto a amizade quanto o amor devem ser experimentados até a última gota – “sem nenhum medo”, como ressalta em determinado momento a escritora.
Longas Cartas para Ninguém - Júlio Emílio Brás - Um grupo de jovens se dedica a todo tipo de experiências em busca de aventuras e de aumentar ao máximo a adrenalina. Em meio aos conflitos, representa também a sua forma de desafiar a morte. Para isso, eles não medem esforços. Fazem de tudo. Rodrigo é o centro das agitações da turma. Ele exerce uma liderança natural e detém a admiração de todos. Fabrício, o narrador, demonstra a perplexidade dos adolescentes quando o amigo resolve acabar com a própria vida. A partir deste ano que desencadeia a trama, o livro aborda uma questão cada vez mais discutida na sociedade: o suicídio. Aqui, ela é refletida por jovens sobre a importância da vida e sobre a responsabilidade de cada ato. É também uma proposta do autor no sentido de chamar a atenção mais detidamente para a condição humana, isto é, para o próximo e de dar mais valor à vida e ao equilíbrio.
Os textos escolhidos apresentam-se impregnados pela forma incomum com que a escritora transporta para o papel seu jeito de ver o mundo e de lidar com o amor e a amizade. Linha após linha, Clarice conduz seus leitores pela “mistura de observações das miudezas do cotidiano com vastos voos do espírito”, como define o editor no prefácio. Leitores de Clarice Lispector não tem idade, mas desta vez a seleção foi pensada para provocar uma experiência inspiradora em jovens leitores, aqueles que “estão começando a descobrir os mistérios e os prazeres do amor e da amizade”. Histórias fictícias intercalam-se com relatos pessoais, nos quais Clarice parece prestar uma homenagem a amigos queridos. Aparecem nesses momentos, companheiros de episódios de alguma fase da vida da autora, como é o caso do matemático Leopoldo Nachbin. Clarice e Leopoldo encontraram-se no primeiro dia de aula do Grupo Escolar João Barbalho, em Recife. Durante alguns anos, os dois foram os mais impossíveis da turma, com boas notas em todas as disciplinas, exceto em comportamento.
Clarice escreve ainda sobre outro tipo de amor/amizade, aquele com toques genuínos de admiração, algo próximo ao sentimento que levou a leitora anônima a fazer um suéter especialmente para a escritora. A resposta, em tom de agradecimento, foi escrita com a delicadeza que Clarice costumava dedicar aos leitores – a quem chegava a responder cartas e a escrever crônicas baseadas em suas sugestões e seus questionamentos: “E eis-me dona de repente do suéter mais bonito que os homens da terra já criaram.” De amor e de amizade – crônicas para jovens não se restringe, porém, somente àqueles que encontram-se com Clarice pela primeira vez, mas serve também como um “sopro de renovação e reflexão para os leitores mais maduros”, aqueles que há muito já descobriram que a vida não foi feita para ser vivida automaticamente e que tanto a amizade quanto o amor devem ser experimentados até a última gota – “sem nenhum medo”, como ressalta em determinado momento a escritora.
Longas Cartas para Ninguém - Júlio Emílio Brás - Um grupo de jovens se dedica a todo tipo de experiências em busca de aventuras e de aumentar ao máximo a adrenalina. Em meio aos conflitos, representa também a sua forma de desafiar a morte. Para isso, eles não medem esforços. Fazem de tudo. Rodrigo é o centro das agitações da turma. Ele exerce uma liderança natural e detém a admiração de todos. Fabrício, o narrador, demonstra a perplexidade dos adolescentes quando o amigo resolve acabar com a própria vida. A partir deste ano que desencadeia a trama, o livro aborda uma questão cada vez mais discutida na sociedade: o suicídio. Aqui, ela é refletida por jovens sobre a importância da vida e sobre a responsabilidade de cada ato. É também uma proposta do autor no sentido de chamar a atenção mais detidamente para a condição humana, isto é, para o próximo e de dar mais valor à vida e ao equilíbrio.
País Sem Chapéu
- Dany Laferrière - Depois de vinte
anos de exílio na América do Norte, um escritor regressa a seu Haiti natal e
enfrenta o desafio de narrar essa experiência. À maneira de um pintor
primitivo, com traço firme, cores vivas e perspectiva multifacetada, além de
extrema inteligência e sensibilidade, ele conta sua perambulação pelas ruas de
Porto Príncipe, seu cotidiano singular, pulsante de vida e de morte. A cada
passo surgem pequenos quadros com personagens e situações inusitadas; grandes
reencontros que disparam lembranças, nem sempre doces; diálogos inesperados,
que revelam as inquietantes novidades do aqui e agora. Em meio ao vaivém de
reconhecimento e estranhamento, onde se alternam o país real e o país sonhado,
o autor é convidado a realizar uma viagem ao "país sem chapéu": o
reino dos mortos e dos deuses do vodu. Primeiro livro de Dany Laferrière a sair
em português, País sem chapéu é também um convite a penetrar num território que
tem muitos paralelos com o nosso. Com sua visão de mundo, sua experiência de
vida e um estilo límpido, permeado de ironia, Laferrière — um dos maiores
renovadores da literatura haitiana - integra-se ao time de escritores de
cultura híbrida, desarraigada, que conseguem erguer sua voz acima das
fronteiras e falar com toda a humanidade.
A Sociedade Literária e a Torta de Casca de
Batatas - Mary Ann Shaffer e Annie Barrows
- A sociedade literária e a torta de casca de batata' é um romance
epistolar, encenado nas longínquas ilhas Guernsey, no Canal da Mancha, após a
Segunda Guerra Mundial. Escrito pela bibliotecária e livreira que estreou na
literatura com mais de 70 anos, Mary Ann Shafer, com apoio da sobrinha, Annie Barrows,
o livro é uma celebração da vida através da literatura.
Um Ninho de
Mafagafes Cheio de Mafagafinhos - Jodé Cândido de Carvalho - Esta obra trata-se de uma antologia
de 144 pequenos contos, onde o autor reúne histórias ocorridas em lugares
considerados distantes procurando fazer uma caricatura do Brasil.
As Melhores Histórias de Fernando Sabino - “É assombroso como você está escrevendo bem a prosa de ficção. É uma coisa admirável a sua linguagem.” Mário de Andrade a Fernando Sabino, carta de 1943 “Mais um feito magistral de um escritor que há muito conquistou a prerrogativa de permanecer na literatura do Brasil.” Otto Lara Resende Seleção primorosa feita pelo autor mineiro com 50 histórias publicadas em jornais e revistas. São relatos curtos de fatos colhidos da vida real, com tratamento de ficção, em linguagem nítida, sem os ornamentos da retórica tradicional, mas de apurada técnica literária. Episódios, incidentes, reflexões, encontros e desencontros vividos por Fernando Sabino apresentados com rica inventiva. Sob a aparente singeleza transparecem a sensibilidade, o humor, a ironia e, às vezes, o espírito satírico, mas sobretudo a simpatia do autor pela natureza humana. Em cada história, uma pequena maravilha da sua experiência pessoal. Tudo ao redor de Sabino gera literatura.
As Melhores Histórias de Fernando Sabino - “É assombroso como você está escrevendo bem a prosa de ficção. É uma coisa admirável a sua linguagem.” Mário de Andrade a Fernando Sabino, carta de 1943 “Mais um feito magistral de um escritor que há muito conquistou a prerrogativa de permanecer na literatura do Brasil.” Otto Lara Resende Seleção primorosa feita pelo autor mineiro com 50 histórias publicadas em jornais e revistas. São relatos curtos de fatos colhidos da vida real, com tratamento de ficção, em linguagem nítida, sem os ornamentos da retórica tradicional, mas de apurada técnica literária. Episódios, incidentes, reflexões, encontros e desencontros vividos por Fernando Sabino apresentados com rica inventiva. Sob a aparente singeleza transparecem a sensibilidade, o humor, a ironia e, às vezes, o espírito satírico, mas sobretudo a simpatia do autor pela natureza humana. Em cada história, uma pequena maravilha da sua experiência pessoal. Tudo ao redor de Sabino gera literatura.
Terras do Sem
Fim - Jorge Amado - Durante a
guerra pela posse da terra na região cacaueira do sul da Bahia, os irmãos
Badaró enfrentam o coronel Horácio da Silveira. A luta pela subsistência se
entrelaça com intrigas políticas, relações amorosas, crimes passionais. Dois
romances improváveis se destacam em meio aos tiroteios e tocaias: o do jovem
advogado Virgílio e Ester, esposa do coronel Horácio, amor condenado a um
desfecho sangrento, e o de Don'Ana, a valente filha de Sinhô Badaró, e o
"capitão" João Magalhães, um embusteiro que se faz passar por
engenheiro militar. Publicado em 1943, quando Jorge Amado tinha apenas trinta
anos, Terras do sem-fim se tornaria um marco do seu "ciclo do cacau",
que inclui Gabriela, cravo e canela, Cacau e Tocaia Grande, entre outros.
A Madona de
Cedro - Antônio Calado - Delfino Montiel mora na cidade de Congonhas do
Norte no interior de Minas Gerais, cidade por qual é conhecida pelas inúmeras
peças de pedra-sabão guardadas na Igreja Católica Matriz da cidade,
consideradas obras-de-arte e relíquias, dentre elas peças feita pelo famoso
escultor Aleijadinho que no mercado são obras consideradas patrimônio público
em valor inestimável. Por lá reencontra um velho amigo: Adriano Mourão, ele é
convencido pelo amigo à viajar para o Rio de Janeiro para à serviço de
empreendimentos de peças de pedra-sabão, por lá Delfino conhece Marta com quem
mantêm um relacionamento amoroso e pretende-se casar, mas conforme os padrões
morais exigidos pela família, Delfino que se encontra desempregado só irá se
casar com Marta, quando estiver consolidado em um emprego de rendimento
salarial.
A Morte de Ivan Ilitch - Lev Tolstói - Lev Tolstói pinta, em 80 páginas, um retrato da burguesia russa do final do século XIX, da vida, da doença, da agonia e da morte de um homem respeitável em seu meio. A Morte de Ivan Ilitch, publicada em 1886, é uma novela, que apesar do título, faz uma reflexão sobre a vida. Este clássico foi o livro escolhido para o mês de maio do fórum literário Entre Pontos e Vírgulas. Foi meu primeiro contato com Lev Tolstói, como também da literatura russa em geral. No inicio da leitura não estava conseguindo me concentrar na narrativa, pois tinha acabado de concluir o primeiro volume de 1Q84, do Murakami, e a história ainda estava muito viva na minha cabeça. Comecei a achar a leitura do russo desagradável, mas com o passar das primeiras páginas essa sensação de desconforto foi indo embora e pude aproveitar a qualidade desta obra. Em algumas gramas de papel o autor teve o talento para evocar toda uma vida e um mundo de conveniências, aspirações, dúvidas e certezas. O resultado da luta deixa pouco suspense, na verdade Lev procura nos faz viver e sentir a lenta e inevitável descida, a mudança de Ivan Ilitch, este homem aparentemente invejável. Ao longo do caminho, o personagem faz um exame da sua própria vida, uma introspecção, uma viagem profunda de si mesmo. O autor consegue descrever com grande realismo todos os sentimentos que invadem o personagem principal: vai do desespero à luta, da esperança ao ódio, a inveja, o abandonado. Ele sente que vai morrer, mas é difícil de admitir. Ivan está com medo e não entende por que todos os tormentos infligidos nele. A Morte de Ivan Ilitch é um texto difícil e sem rodeios, e acredito que também para compreender a agonia dos moribundos. Sei lá, comecei a recordar de uma amiga da minha mãe que morreu de câncer. Também me lembrei dos pacientes da UTI que atendi no meu ultimo semestre da faculdade, alguns só esperavam o ponto final. Quando Ivan olha para trás senti que ele se arrependeu de sua vida. Não faço ideia se é pelo medo da morte ou pelo seu estado de dor intensa (físico e mental), ou ambas, que embaralha seus pensamentos. Então acredito que Tolstói nos quis dizer que a morte é inevitável, mas a chave para a paz consigo mesmo é não viver de acordo com as normas dos outros e tentar dar significado à sua vida.
A Morte de Ivan Ilitch - Lev Tolstói - Lev Tolstói pinta, em 80 páginas, um retrato da burguesia russa do final do século XIX, da vida, da doença, da agonia e da morte de um homem respeitável em seu meio. A Morte de Ivan Ilitch, publicada em 1886, é uma novela, que apesar do título, faz uma reflexão sobre a vida. Este clássico foi o livro escolhido para o mês de maio do fórum literário Entre Pontos e Vírgulas. Foi meu primeiro contato com Lev Tolstói, como também da literatura russa em geral. No inicio da leitura não estava conseguindo me concentrar na narrativa, pois tinha acabado de concluir o primeiro volume de 1Q84, do Murakami, e a história ainda estava muito viva na minha cabeça. Comecei a achar a leitura do russo desagradável, mas com o passar das primeiras páginas essa sensação de desconforto foi indo embora e pude aproveitar a qualidade desta obra. Em algumas gramas de papel o autor teve o talento para evocar toda uma vida e um mundo de conveniências, aspirações, dúvidas e certezas. O resultado da luta deixa pouco suspense, na verdade Lev procura nos faz viver e sentir a lenta e inevitável descida, a mudança de Ivan Ilitch, este homem aparentemente invejável. Ao longo do caminho, o personagem faz um exame da sua própria vida, uma introspecção, uma viagem profunda de si mesmo. O autor consegue descrever com grande realismo todos os sentimentos que invadem o personagem principal: vai do desespero à luta, da esperança ao ódio, a inveja, o abandonado. Ele sente que vai morrer, mas é difícil de admitir. Ivan está com medo e não entende por que todos os tormentos infligidos nele. A Morte de Ivan Ilitch é um texto difícil e sem rodeios, e acredito que também para compreender a agonia dos moribundos. Sei lá, comecei a recordar de uma amiga da minha mãe que morreu de câncer. Também me lembrei dos pacientes da UTI que atendi no meu ultimo semestre da faculdade, alguns só esperavam o ponto final. Quando Ivan olha para trás senti que ele se arrependeu de sua vida. Não faço ideia se é pelo medo da morte ou pelo seu estado de dor intensa (físico e mental), ou ambas, que embaralha seus pensamentos. Então acredito que Tolstói nos quis dizer que a morte é inevitável, mas a chave para a paz consigo mesmo é não viver de acordo com as normas dos outros e tentar dar significado à sua vida.
Nós Passaremos
em Branco ( A Arte da Crônica ) - Luís Henrique Pellanda -
O cronista esquadrinha a sua cidade tal qual um flâneur. Sobe a Ébano Pereira,
atravessa a Pracinha do Amor e pega a Saldanha Marinho. Desce a Ermelino até a
Boca Maldita, percorre o calçadão rumo à Praça Osório. Nas crônicas de Luís
Henrique Pellanda, o centro de Curitiba é o cenário de histórias quase
invisíveis, flagrantes do cotidiano que revelam o que há de perverso – e também
de encantador – nas ruas anônimas de uma metrópole. O que pode escapar à
percepção da maioria de nós é retido na memória do cronista. Assim nasce uma
galeria de situações e personagens bastante particular: a prostituta que joga
pétalas de rosas sobre a menina que dorme na praça; a alucinada estreia do
filme The Doors no antigo Cine Plaza; um assassinato – cinco tiros na cara –
bem debaixo da janela do autor; a macaca dançarina que hipnotiza o músico; a
mocinha com o canivete, lembrança de um verão distante. Ao final deste volume,
Pellanda apresenta um inventário de tipos fantásticos, como o Diabo da Cruz
Machado, o Encosto Bilheteiro e a Desamparada do Pré-Pago, reunidos numa
“Antologia dos Demônios de Curitiba”. Ali, o sobrenatural serve para iluminar o
que há de humano nos seres que, como o autor, vagam pela cidade. Assombroso, na
verdade, é o indiscutível talento de Pellanda para extrair lirismo do que
acontece naquelas ruas.
Poemas Reunidos
- Geraldo Carneiro - Geraldo Carneiro, carioca de educada formação mineira,
tingido sempre de irrecusável e perene modernidade da vida, não pretende se
livrar do antigo. Assim, dono dos dois tempos, vibrando no de hoje, Geraldo
Carneiro, em qualquer atividade, é sempre poeta.
A Legião Negra (
A luta dos Afro-Brasileiros na Revolução Constitucionalista de 1932 ) -
Este romance conta a história do batalhão composto por afrodescendentes que
lutou contra a ditadura de Getulio Vargas pleiteando uma Constituição para o
Brasil. O narrador, um centenário ex-combatente, volta atrás muitas décadas
para recordar personagens e fatos da Revolução Constitucionalista de 1932, na
qual perdeu amigos, conviveu com heróis e covardes, conheceu a dor e a
coragem.
Os Repórteres
Clandestinos - Kathy Kacer - Conheça
John Freund e Ruda Stadler, dois amigos judeus que durante o holocausto, mesmo
proibidos de falar ou brincar com outras crianças, resolveram tomar uma atitude
para difundir a cultura , as brincadeiras, os esportes e as poesias criadas
pelo seu povo. Surgiam assim os repórteres clandestinos. Como eles conseguiram
lutar contra o nazismo? Vamos descobrir os mistérios dessa história de coragem
e resistência.
"Três Amizades" ( Clássicos
Juvenis ) - Marcia Kupstas - O livro "Três Amizades", de Marcia
Kupstas e integrante da coleção "Três por Três", apresenta três
narrativas envolventes que se passam épocas muito diferentes. Nelas, a ajuda
dos amigos é valiosa para que os personagens enfrentem situações que envolvem
dificuldades, perigos e mistérios. Na Inglaterra do século 16, a enorme
distância social entre nobres e plebeus não impede o encontro de dois meninos
muito diferentes: Eduardo Tudor, príncipe de Gales, filho do rei Henrique 8º, e
Tom Canty, nascido em um bairro miserável de Londres, filho de um
vagabundo. Novamente em Londres, mas no século 19, encontramos o famoso
detetive Sherlock Holmes e seu inseparável companheiro Watson às voltas com um
novo crime a ser desvendado por meio de uma farsa armada com lógica e
perspicácia... No século 21, em uma metrópole brasileira, acompanhamos os
desdobramentos do encontro do garoto Miguel com Isaías, um homem misterioso e
estranho que se oferece para encontrar seu cão desaparecido... A obra é
composta pela adaptação dos clássicos "O Príncipe e o Mendigo", de
Mark Twain, e "O Detetive Agonizante", de Conan Doyle, além do
inédito "As Duas Mortes de Isaías", de Marcia Kupstas, que também é a
adaptadora dos dois clássicos.
A Elegância do
Ouriço - Mariel Barbery - À
primeira vista, não se nota grande movimento no número 7 da Rue de Grenelle: o
endereço é chique, e os moradores são gente rica e tradicional. Para ingressar
no prédio e poder conhecer seus personagens, com suas manias e segredos, será
preciso infiltrar um agente ou uma agente ou — por que não? — duas agentes. É
justamente o que faz Muriel Barbery em A "Elegância do Ouriço", seu
segundo romance. Para começar, dando voz a Renée, que parece ser a zeladora por
excelência: baixota, ranzinza e sempre pronta a bater a porta na cara de
alguém. Na verdade, uma observadora refinada, ora terna, ora ácida, e um
personagem complexo, que apaga as pegadas para que ninguém adivinhe o que
guarda na toca: um amor extremado às letras e às artes, sem as nódoas de classe
e de esnobismo que mancham o perfil dos seus muitos patrões.
Hamlet (HQ ) - Shakespeare - Combina
o estilo do mangá japonês e uma adaptação dos diálogos de Shakespeare, dando
uma cara jovem às histórias. Cada volume é ilustrado por um quadrinista
diferente, e traduzidos para o português pelo poeta Alexei Bueno. Em Hamlet,
encontraremos o atormentado príncipe da Dinamarca em pleno ano de 2107. “Muito
complexo, muito legal e muito bem-feito” — The London Review of Book “De
muitas maneiras... mangás e tragédias shakespearianas combinam perfeitamente”
— The Financial Times O mercado de mangás está em crescimento no
Brasil. A série Mangá Shakespeare é sucesso na Inglaterra. Foi adotada em
diversas escolas e conquistou prêmios e elogios da crítica especializada.
Não à Ditadura -
Víctor Jara ( Por Bruno Doucey ) - Em 11 de setembro de 1973, o golpe de
estado liderado por Augusto Pinochet derrubou o governo de Salvador Allende. O
resultado foi a destruição de tudo o que havia de democrático no Chile, desde o
parlamento e jornais da oposição às universidades públicas e centros culturais.
Com a extinção dessas organizações, pretendia-se exterminar a memória do país,
da sua cultura e da sua história. O livro de Bruno Doucey apresenta a vida e a
luta de um dos militantes contrários ao governo autoritário. Víctor Jara não
precisou pegar em armas, mas encontrou na música uma forma de protesto para
combater as injustiças e a violência. Suas canções revelavam a brutalidade do
regime militar, e Jara não se intimidava em cantá-las em público. Essa atitude
lhe gerou muitos inimigos, que, logo após o golpe de estado, a prisão e a morte
do compositor. “As músicas e a cultura em geral tiveram papel importante na
resistência às ditaduras, porque o povo se sensibiliza facilmente com elas, que
muitas vezes levam mensagens bastante críticas ao poder ditatorial”, escreve o
cientista político Emir Sader, no prefácio deste livro. Sobre o autor - Bruno
Doucey nasceu na França em 1961. Editor, poeta e escritor, ele faz de seus
livros uma forma de combater as injustiças.
As Centenárias
& Maria do Caritó - Newton Moreno - A persistente luta pelo direito de
amar de uma solteirona virgem e as estripulias de duas malandras centenárias
para conseguir driblar a morte. Dois motes de Nirto, dois pontos de partida,
dois enredos, dois repentes, dois causos, dois cordéis, duas zombarias, dois
reveses, duas picardias, duas rezas, duas crônicas de costumes, duas fábulas.
Quem conta um conto aumenta um ponto. Imagine então quem conta dois... Aqui,
Nirto mata nossa sede de voltar às origens e preservar a memória, nos fazendo
beber nas fontes da efervescente estética nordestina, nos escancarando, com
domínio de mestre contador de histórias, o amplo poder de resistência do povo
simples desse Brasilzão místico. Fé na vida. É isso. Já com lugar de honra no panteão
das grandes personagens da literatura dramática brasileira, a hilariante
santinha Maria Caritó e as longevas carpideiras Socorro e Zaninha nos fisgam
para sempre, nós, simples mortais, com suas perenes lições de fé na vida.
Escrita especialmente para Marieta Severo e Andréa Beltrão, As Centenárias
estreou no Teatro Poeira em 2007, com direção de Aderbal Freire Filho. Além das
duas atrizes, contou com participação do ator Sávio Moll. A peça recebeu o
Prêmio Shell Rio e o Prêmio Contigo! de melhor texto teatral de 2008. Maria
do Caritó foi escrita especialmente para o retorno da atriz Lilia Cabral ao
teatro, ao lado de seus antigos companheiros de palco, os atores Fernando Neves
e Sílvia Poggeti.
Páginas de
Sombra - Contos Fantásticos Brasileiros - Este livro reúne diferentes vozes narrativas e
diversas abordagens estilísticas com que alguns escritores escritores
recuperaram temas clássicos do fantástico - a história de fantasmas, o erotismo
sobrenatural, o absurdo kafkiano, a alegoria religiosa, os monstros, o terror
gótico. Abarcando mais de um século entre o conto de Machado de Assis e o de
Heloisa Seixas, a seleção feita por Braulio Tavares abrange autores clássicos
da literatura brasileira, escritores revelados nas décadas mais recentes e nomes
pouco conhecidos do público leitor.
Pesia é Não -
Estrela Ruiz Leminski - Poesia é não
“(...) seu jeito para a brincadeira é sério está na cara vê-se dos hai kais da
infância ao jorro transparência do final do livro a intimidade o trato o tato a
convivência natural com as lâminas flechas e plumas da expressão verbal
aprimorando os sensos interpenetrando a vida e vice-versa a cada verso
(...)”Arnaldo Antunes
“(...)Estrela lida no seu livro com os contrários e não tenta harmonizá-los. Não os trata como complementares. Alegria é alegria e dor é dor. Essa sinceridade aflora em todo o livro. E talvez por isso pulse tão forte uma pessoa por trás dos versos.(...) As imagens se harmonizam com os sons, os sentimentos e as idéias. Em Cupido: cuspido, escarrado também tem os poemas irônicos, os alegres, os reflexivos. Tem os curtos, os longos, os com efeitos gráficos, os sonoros, vários haicais. Tem os que beiram a prosa e os que beiram a letra de música. Tem correndo por baixo de tudo uma poeta-leitora dialogando com vários fazeres poéticos contemporâneos e acrescentando a eles as suas próprias descobertas.(...)”Ricardo Silvestrin
“(...)Estrela lida no seu livro com os contrários e não tenta harmonizá-los. Não os trata como complementares. Alegria é alegria e dor é dor. Essa sinceridade aflora em todo o livro. E talvez por isso pulse tão forte uma pessoa por trás dos versos.(...) As imagens se harmonizam com os sons, os sentimentos e as idéias. Em Cupido: cuspido, escarrado também tem os poemas irônicos, os alegres, os reflexivos. Tem os curtos, os longos, os com efeitos gráficos, os sonoros, vários haicais. Tem os que beiram a prosa e os que beiram a letra de música. Tem correndo por baixo de tudo uma poeta-leitora dialogando com vários fazeres poéticos contemporâneos e acrescentando a eles as suas próprias descobertas.(...)”Ricardo Silvestrin
Chamado Selvagem
- Jack London ( Adaptação de Clarisse
Lispector ) - Buck vivia tranqüilamente no sítio do juiz Miller, no vale da
Santa Clara, na Califórnia. Filho de um são bernardo com uma pastora escocesa,
ele era um cão imponente, com músculos firmes, pêlos quentes e compridos.
Entretanto, não fazia nada além de passear pelos vales, acompanhando os netos
de seu dono. Até que um dia, Buck foi roubado e vendido a exploradores de ouro
que partiam para uma aventura pelo Alasca. A partir daí, sua vida sofreu uma
reviravolta e ele foi obrigado a trabalhar duro, num ambiente inóspito. O que
seus novos donos não esperavam era que, ao adaptar-se à nova realidade, Buck
começava a fazer parte dela e a descobrir sua verdadeira natureza.
Os Góticos (
Contos Clássicos ) - Luiz Antônio Aguiar e Veio Libri ( Organizadores ) - O
livro apresenta os seguintes contos - A uma taça feita de um crânio humano; O
vampiro; A pata do macaco; Poemas macabros (Catalepsia / A dança da morte);
Lote; O hóspede de Drácula; Transformação; A queda da casa de Usher; A amante
morta; Dickon, o diabo; Janet, a maligna. E os seguintes ensaios - História
para sentir medo (Pedro Bandeira); O fascínio do medo (Luiz Raul Machado);
Sombras da adolescência (Daniel Piza); O terror diz - 'Até breve' (Luiz Antonio
Aguiar).
Poemas
Escolhidos - Ferreira Gullar - Poesias
selecionadas por Walmir Ayala e com prefácio de Tristão de Athayde. A poesia
social de Ferreira Gullar assume uma posição autêntica frente aos aspectos
sociais e culturais modernos. Seu lirismo trágico e subversivo é um pequeno
mundo dos problemas mais candentes da beleza poética.
Primeiras
Leituras - Paulo Mendes Campos - Esta reunião de crônicas traça um
divertido panorama da obra em prosa de Paulo Mendes Campos. Em livros como Hora
do Recreio, O Cego de Ipanema, O Anjo Bêbado, entre outros, o autor praticou as
mais diversas modalidades de crônica. Da observação bem-humorada do Rio de
Janeiro a pequenas ficções e causos que revelam o fino estilista do idioma,
sempre atento às transformações da língua popular, o que se tem aqui é uma significativa
amostra de um dos nossos mais encantadores e populares autores.
Clarice na
Cabeceira ( Seleção de Contos ) - Este livro traz uma reunião de vinte
textos selecionados por convidados afeitos à obra de Clarice Lispector.
'Clarice na Cabeceira' apresenta uma leitura selecionada de crônicas publicadas
entre 1962 e 1973, na revista Senhor e no Jornal do Brasil, e posteriormente
agrupadas nos livros 'A descoberta do mundo' e 'Para não esquecer'. Abordando
temas tão diversos quanto as memórias da infância, a vida, a morte, o amor, o
ato de escrever, o silêncio, a maternidade e a indignação, as crônicas são
apresentadas por amigos e admiradores de Clarice, que compartilham o impacto da
escritora e de sua obra em suas vidas, como Eduardo Portella, Ferreira Gullar,
Marília Pêra, Maria Bonomi e Naum Alves de Souza, entre outros.
Os 39 degraus - John
Buchan - A história se passa em Londres, às vésperas da I Guerra Mundial.
Quando um milionário escocês Richard Hannay tentar espantar o tédio levando uma
vida de playboy, até conhecer um vizinho misterioso com uma informação
bombástica: haverá um assassinato político na cidade capaz de jogar toda a
Europa em um conflito sem precedentes. Essa informação muda o rumo da vida do
personagem principal.
Quando um homem aparece morto em sua sala de visitas, Hannay se angaja no combate às forças hostis, na verdade uma organização alemã, mergulhando em uma aventura repleta de pistas falsas, vilões traiçoeiros e reviravoltas. O febril thriller de John Buchan (1875-1940), publicado em 1915, trocou o estilo descritivo e cerebral das histórias de Sherlock Holmes pela narrativa enxuta e ágil que iria influenciar as tramas de suspense do cinema e os livros protagonizados pelo agente James Bond. Tanto que o romance é na verdade mais conhecido por sua encarnação cinematográfica dirigida por Alfred Hitchcock em 1935.
Com quase um centenário, ‘Os 39 degraus’ ainda diverte com um herói atrevido e o inesgotável fascínio das teorias conspiratórias.
Quando um homem aparece morto em sua sala de visitas, Hannay se angaja no combate às forças hostis, na verdade uma organização alemã, mergulhando em uma aventura repleta de pistas falsas, vilões traiçoeiros e reviravoltas. O febril thriller de John Buchan (1875-1940), publicado em 1915, trocou o estilo descritivo e cerebral das histórias de Sherlock Holmes pela narrativa enxuta e ágil que iria influenciar as tramas de suspense do cinema e os livros protagonizados pelo agente James Bond. Tanto que o romance é na verdade mais conhecido por sua encarnação cinematográfica dirigida por Alfred Hitchcock em 1935.
Com quase um centenário, ‘Os 39 degraus’ ainda diverte com um herói atrevido e o inesgotável fascínio das teorias conspiratórias.
As Filhas Sem
Nome - Xinran - "Sou uma moça do interior, por favor, seja gentil e
cuide de mim." Era assim que Três, Cinco e Seis se apresentavam na cidade
grande. Nascidas em uma pequena aldeia chinesa, as filhas do camponês Li
Zhongguo haviam se mudado para Nanjing em busca de oportunidades. Vencendo o
ceticismo do pai, um homem desgostoso por ter apenas filhas mulheres e que, por
isso, jamais lhes deu um nome verdadeiro, elas escapam ao destino de
subserviência e ignorância a que estavam fadadas. Na cidade, as jovens
descobrem seu lugar no mundo, mas não abandonam o afeto e o respeito pelo lugar
de origem. Baseado em histórias colhidas por Xinran durante as pesquisas para
seu programa de rádio, o romance aborda com delicadeza as tradições, sem deixar
de lado as denúncias do medo e da ignorância herdados de uma ditadura longa e
violenta.
O Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde ( Adaptação de Clarice Lispector )- Oscar Wilde , uma personalidade marcante,teve uma vida social agitada e extravagante,
mas o seu talento é incontestável. Uma das suas mais famosas obras, 'O retrato
de Dorian Gray', torna-se mais interessante para os leitores brasileiros nessa
adaptação de Clarice Lispector.
Os Papéis de Lucas
- Júlio Emílio Braz - Lucas,adolescente que sofreu um acidente
fatal.Repleto de dúvidas sobre a relação com a família,o erotismo,a aids,a
solidariedade...fica na memória ,por muito tempo,da sua família.
Órfãos de
Eldorado - Milton Hattoum - Numa
cidade à beira do rio Amazonas, um passante vem procurar abrigo à sombra de um
jatobá e, incauto ou curioso, dispõe-se a ouvir um velho com fama de louco. É o
que basta para Arminto Cordovil começar a contar a história de Órfãos do
Eldorado: a história de seu próprio amor desesperado por Dinaura, mas também a
crônica de uma família, de uma região e de toda uma época que, à base da seiva
da seringueira, quis encarnar os sonhos seculares de um Eldorado amazônico.
Essa miragem mítica e histórica serve de pano de fundo a Órfãos do
Eldorado e ao destino de Arminto Cordovil, dividido entre o amor pela moça
misteriosa e as pretensões dinásticas do pai, Amando, armador enriquecido com a
borracha. Na casa elegante em Manaus ou no palacete branco de Vila Bela, Amando
nutre fantasias de proprietário e armador, que seu filho único teima
em minar.Entre esses extremos que mal se tocam, uma galeria notável
de mulheres – Angelina, a mãe morta; Florita, o anjo da guarda morena; Estrela,
a bela sefardita – e os homens – de Estiliano, o advogado grego, a Denísio Cão,
o barqueiro infernal – que vivem na própria pele o fausto e os conflitos do
ciclo da borracha nos anos que antecedem a Primeira Guerra Mundial. E, no
centro de tudo, Dinaura, corpo estranho entre as órfãs das Carmelitas em Vila
Bela, moça que parece filha do mato, lê romances, enfeitiça Arminto e sonha com
a Cidade Encantada, a Eldorado submersa de que tanto se fala à beira do rio
Amazonas.
Cenas de Cinema
( Contos em Gotas ) - Luiz Pimentel -
A vida miúda, em sua desconcertante grandeza; o homem em fúria, em êxtase,
perdendo-se e encontrando-se nas mesmas curvas incertas; o amor, o ódio,
esperanças e incertezas. A matéria-prima dessas histórias é a mais substancial
possível: o homem com seus dramas, medos, contemplações. Contista muitas vezes
premiado, Luís Pimentel volta às narrativas curtas, com histórias eletrizantes.
O Enterro
Prematuro ( De Edgar Allan Poe ) -
Andrea Mateus - Há um ditado bretão
que diz:Os deuses me livrem de perseguição, prisão e... de ser enterrado
vivo.Este é o tema do conto clássico de Edgar Allan Poe, "O Enterro
Prematuro". Julgando sofrer de catalepsia, o protagonista apresenta todos
os sintomas da doença que se agudizam conforme o tempo passa. Atormentado por agonias,
morbidez e pelos devaneios sobre a morte, deixa-se envolver por toda a espécie
de pensamentos sinistros.Na tentativa de diminuir seus temores, adaptou a
cripta familiar com sinos,cordas, entradas de ar, para recebê-lo morto e, ao
acordar, voltar triunfalmente ao convívio social.Melhor seria recompor o ditado
bretão:Os deuses nos livrem das obsessões causadas pelo medo da morte pois, se
não as colocarmos para adormecer, embalando-as com delicadeza, seremos
devorados por elas.
Pequenas
Epifanias - Caio Fernando Abreu - Epifania é a expressão religiosa
empregada para designar uma manifestação divina. Por extensão, é o perceber
súbito e imediato de uma realidade essencial, uma espécie de iluminação. As
crônicas escritas por Caio Fernando Abreu retêm essa qualidade, levam o leitor
a enxergar, como num clarão, verdades bem escondidas.
A primeira fase das Pequenas epifanias foi publicada no jornal O Estado de S. Paulo entre 1986 e 1989. Depois de uma retirada de três anos, Caio voltou ao terreno da crônica instigado por Antonio Gonçalves Filho, então editor do Caderno 2 do jornal. É aí que sua escrita de cronista se torna mais visceral, mais atada aos fenômenos da vida e da morte. Como lembra Gonçalves Filho, na apresentação desta obra, Caio vinha disposto a fazer da crônica uma narrativa explicitamente autobiográfica e escandalosamente literária.
A primeira fase das Pequenas epifanias foi publicada no jornal O Estado de S. Paulo entre 1986 e 1989. Depois de uma retirada de três anos, Caio voltou ao terreno da crônica instigado por Antonio Gonçalves Filho, então editor do Caderno 2 do jornal. É aí que sua escrita de cronista se torna mais visceral, mais atada aos fenômenos da vida e da morte. Como lembra Gonçalves Filho, na apresentação desta obra, Caio vinha disposto a fazer da crônica uma narrativa explicitamente autobiográfica e escandalosamente literária.
Minha Vida com
Boris - Thays Martinez - Numa manhã de maio de 2000, a advogada Thays
Martinez e seu cachorro Boris saíram de casa para fazer história.
Recém-chegados dos Estados Unidos, os dois tiveram a entrada barrada numa
estação de metrô. Motivo: animais não eram permitidos nas instalações da
Companhia do Metropolitano de São Paulo. E os funcionários da estação não se
dobraram nem mesmo ao argumento de que cães-guia são instrumentos de
acessibilidade e autonomia para pessoas com deficiência visual como Thays, cega
desde os quatro anos. Thays, então, moveu uma ação judicial contra o Metrô e,
seis anos depois, conquistou uma histórica vitória no Tribunal de Justiça de São
Paulo, fazendo a própria defesa com Boris a seu lado. Antes mesmo da decisão
judicial que permitiu o acesso de cães-guia ao Metrô da maior metrópole do
país, o caso de Thays e Boris já havia inspirado a aprovação de duas leis — uma
estadual, em 2001, e outra federal, em 2005 — que garantem o acesso de
cães-guia a todo e qualquer local público e privado de uso coletivo. A dupla
também ficou conhecida graças às várias reportagens de que foi tema após o
incidente, e Boris ainda foi alçado à condição de herói da inclusão e da
acessibilidade. Mas a obra vai muito além da narrativa de um triunfo da
cidadania. No vibrante resgate de suas memórias, Thays aborda, sobretudo, sua
profunda amizade com Boris, uma conexão baseada em confiança e cumplicidade que
deixa como legado uma comovente história de afeto para além da vida.
Sete Diásporas
Íntimas - Lande Onawale - Um livro de Lande Onawale, um escritor
nascido em Salvador, na Bahia. O livro abrange um relicário de pequenos
flagrantes da vida cotidiana negra, contados de dentro, experimentados e
sentidos também por dentro, o que causa em nós leitoras e leitores uma imediata
identificação com a experiência ali contada, além de um profundo encantamento.
São momentos de epifania que nos deslocam do lugar do óbvio, do previsível e
subverte uma ordem pré-estabelecida no imaginário, são as relações afetivas no
contexto familiar negro-brasileiro, que Lande descortina em suas
particularidades, e explora com muita habilidade os seus (des)encontros. A
publicação conta com oitos contos que retrata a vida cotidiana e social do povo
africano, numa narrativa pulsante e singular. Durante o lançamento os leitores
vão poder apreciar as intervenções teatrais de Josiane Acosta e Pedro
Albuquerque, sob a direção de Angelo Flávio. O livro se inspira na divindade
africana brasileira Esù que se materializa na apresentação de lugares e
personagens apresentando traços simbólicos. A publicação Se7e: diásporas
íntimas, de acordo com o autor, refere-se à divindade do candomblé que simboliza
o caminho. “Tem haver desde a pessoa mudar de rumo como também para o ato de
tomar uma decisão na vida. O livro mescla contos antigos como os novos da minha
produção”, esclarece. No conto Veridiana, Lande Onawale conta a história de
Romão e Veridiana, numa ficção que retrata o primeiro encontro do casal, a
dispersão do cotidiano do casamento, onde os detalhes dispõem de elementos para
que o leitor tire suas próprias conclusões sobre a vida do casal.
O Gosto do
Aprelstrudel - Gustavo Bernardo - No leito do hospital, cercado por sua
família, o velho patriarca ouve o veredicto do médico - muito provavelmente,
chegou a sua hora. O corpo fraco, a idade avançada, as doenças - não há mais o
que fazer, só esperar. Mas ninguém desconfia que, durante essa espera, e apesar
do coma, ele escuta o que acontece ao seu redor.O romance O gosto do
apfelstrudel é publicado em 2010 pela editora Escrita Fina. Como todos os
romances do autor, talvez de todos os autores, é e não é um romance
autobiográfico ou, como se diz hoje, de autoficção. A história conta tudo
o que pensou e sonhou H, um homem absolutamente comum e absolutamente bom,
quando se encontrava em meio ao coma do qual nunca veio a acordar. O
gosto do apfelstrudel foi finalista do 53º Prêmio Jabuti 2011, na categoria
literatura juvenil.
Terra Vermelha,
Rio Amarelo ( Uma história da Revolução
Cultural ) - Ange Zhang - Em 1966
Ange é um adolescente e mora com a família em Beijing, na China. Filho de um
escritor famoso, ele tem pouca afinidade com o texto escrito, mas adora
desenhar. Seus heróis são os soldados do Exército Vermelho. Um dia a Revolução
Cultural se inicia. Ange se entusiasma e anseia por fazer parte da luta, mas
aos poucos ele percebe que algo não vai bem: um clima de agressividade,
violência e desconfiança se instala por todos os lados. Forçado a ir trabalhar
no campo, como milhares de outros jovens, é lá que encontra tempo e espaço para
refletir sobre seu futuro e sobre os acontecimentos de seu tempo.
Haroun e o Mar
de Histórias - Salman Rushdie -
Rushdie, um contador de histórias profissional, é o próprio "mar de
ideias". Um dia, porém, ele perde o dom da palavra, e com isso perde
também seu ganha-pão e toda a alegria de viver. É então que seu filho Haroun
descobre que toda história vem de um grande mar de histórias, o que o faz
entregar-se à fantástica aventura de ir em busca das palavras. Escapando de
muitos perigos, Haroun conseguirá vencer as tenebrosas forças da escuridão e do
silêncio. Uma narrativa bem-humorada, uma defesa da criação, da fantasia e da
liberdade, uma celebração da alegria de contar histórias e do prazer de
ouvi-las.
A Tempestade (
em HQ ) - William Shakespeare - A tempestade é uma história de vingança, é
uma história de amor, é uma história de conspirações oportunistas, e é uma
história que contrapõe a figura disforme, selvagem, pesada dos instintos
animais que habitam o homem à figura etérea, incorpórea, espiritualizada de
altas aspirações humanas, como o desejo de liberdade e a lealdade grata e
servil. Uma Ilha é habitada por Próspero, Duque de Milão, mago de amplos
poderes, e sua filha Miranda, que para lá foram levados à força, num ato de
traição política. Próspero tem a seu serviço Caliban, um escravo em terra,
homem adulto e disforme, e Ariel, o espírito servil e assexuado que pode se
metamorfosear em ar, água ou fogo. Os poderes eruditos e mágicos de Próspero e
Ariel combinam-se e, depois de criar um naufrágio, Próspero coloca na Ilha seus
desafetos (no intuito de levá-los à insanidade mental) e um príncipe, noivo em
potencial para a filha. Se o amor acontece entre os dois jovens, se a vingança
de Próspero é bem-sucedida, se Caliban modifica-se quando conhece os poderes
inebriantes do vinho numa cena cômica com outros dois bêbados, tudo isso
Shakespeare nos revela no enredo desta que por muitos é considerada sua
obra-prima – uma história de dor e reconciliação.
Contos de
Tchekhov ( Contos de Tchekhov ) - Os Contos de Tchekhov, que também fora
autor de peças teatrais e novelas, têm como características o cotidiano, as
relações humanas, sempre tratadas com humor peculiar.Neste volume estão os
contos: " Estória Alegre" , " Fatalidade" , "
Pesadelo" , " Aniouta" ,
" Réquiem" , " Um Belo
Tumulto " , "O Marido" ,
" O Caso do Chamapnha"
, " Mártires" , "O
Professor de Literatura" , "O Bispo ", "O Duelo" ;
Alice de A a Z -
Adriano Messias - Uma Alice
diferente, em um mundo nada mágico. Pobre, desamparada, lidava com a violência
do pai e as mesmices da mãe; sem recursos materiais, mas cheia de vontade de
crescer, de ser gente, ganhar independência.
É apaixonada por livros, mas não pode comprá-los. Certo dia, mexendo em uma velha enciclopédia na casa de uma provável patroa, Alice encontrou a imagem e a biografia de uma mulher que se tornou emblemática para ela: Josephine Baker. Quem seria aquela linda negra em saia de bananas? Onde encontrá-la? Está é uma Alice adolescente que pede redenção. Mesmo cheia de agruras, sua história não deixa de lado os encantamentos. Encante-se também.
É apaixonada por livros, mas não pode comprá-los. Certo dia, mexendo em uma velha enciclopédia na casa de uma provável patroa, Alice encontrou a imagem e a biografia de uma mulher que se tornou emblemática para ela: Josephine Baker. Quem seria aquela linda negra em saia de bananas? Onde encontrá-la? Está é uma Alice adolescente que pede redenção. Mesmo cheia de agruras, sua história não deixa de lado os encantamentos. Encante-se também.
Fábulas
Entortadas - Israel Jelin - Esta obra procura apresentar fábulas de maneira
que, entortadas pelo humor cínico do autor, as vidas de bichos e de homens
possam surgir com clareza, pretendendo exibir fraquezas, defeitos e sabedoria.
O autor tem por objetivo não tomar partido, deixando que o leitor decida, entre
as duas versões que apresenta de cada fábula, qual delas prefere.
O Nobre
Sequestrador - Antônio Torres - Romance que narra o sequestro da cidade de S.
Sebastião do Rio de Janeiro, em, 1711, por um corsário frances.
Tristão e Isolda
- Helena Gomes ( Adaptação ) - O
livro é uma adaptação da escritora Helena Gomes, com ilustrações de Renato
Alarcão, da lendária história sobre o trágico amor entre o cavaleiro Tristão,
nascido na Cornualha, e a princesa Isolda, de origem irlandesa. Os dois jovens
se apaixonam quando Tristão tem a missão de buscar Isolda para desposar seu
tio, o rei Marc. Para ficarem juntos, passam por aventuras e situações
inusitadas. A lenda, de origem celta, é datada de meados do século XII.
Melhores Poemas
de Mário Quintana - Fausto Cunha ( Seleção ) - Mario Quintana entrou na
literatura brasileira quase em surdina, sem estardalhaço, sem autopromoção,
como um aprendiz de feiticeiro brindando o público com os seus baús de espanto.
O poeta nasceu em Alegrete, Rio Grande do Sul, em 1906, cursou o Colégio
Militar de Porto Alegre, trabalhou na Livraria do Globo, fez jornalismo e
inúmeras traduções, recebeu vários prêmios literários. Faleceu em 1994. O
principal dado biográfico é que, ao longo da vida, nunca deixou de ser poeta. Ao
contrário da maioria dos escritores brasileiros, sempre apressados, Quintana
estreou em livro após os 30 anos, com a coletânea de sonetos A Rua dos
Cata-Ventos (1940), no qual ainda palpitavam notas neo-simbolistas. Levaria
seis anos para publicar um novo livro, Canções, de extrema simplicidade e
musicalidade, que se renovam nos surpreendentes poemas em prosa de Sapato Florido
(1947). Em Espelho Mágico (1948), com um espírito lúdico desconhecido nas
letras brasileiras, o poeta se delicia (e delicia o leitor) com pequenos e mágicos
epigramas. A adoção do verso livre, em O Aprendiz de Feiticeiro (1950) coincide
com a abertura para o mundo onírico, com um toque de surrealismo. Os livros
seguintes - desde Pé de Pilão, escrito para o público infantil, aos
Apontamentos de História Sobrenatural eBaú de Espantos -, mostram o poeta em
permanente processo de renovação, ágil, personalíssimo, com "uma
qualidade, marca, timbre, ressonância ou maneira que só posso definir como
quintanidade", conforme observa Fausto Cunha no prefácio aos Melhores
Poemas Mario Quintana. Apesar do êxito popular, ou talvez por isso mesmo, a
crítica custou a reconhecer a obra de Quintana. Acusavam-no de passadista, de
preso a fórmulas superadas, sem perceber a magia de sua poesia e o seu humor
refinado. Quando perceberam já era tarde. O poeta já estava mais do que
consagrado pelo povo
Pauliceia Desvairada
- Mário de Andrade - Primeira obra de vanguarda no modernismo brasileiro, o
livro de Mário de Andrade canta a urbanização de São Paulo.
Aventuras
de Menino - Mitsuru Aachi - Em
Aventuras de menino, o mestre japonês Mitsuri Adachi explora, com a delicadeza
que lhe é característica, a saudade da infância e a melancolia de tornar-se
adulto.
As aventuras de
Pinóquio - Carlo Collodi - ''Pinóquio tem cem anos. A frase soa estranha.
Por duas razões: de um lado, não se consegue imaginar um Pinóquio centenário;
de outro, acaba sendo natural pensarmos que Pínóquio tenha existido sempre -
não é possível imaginarmos um mundo sem Pinóquio.''
Cidades Mortas -
Monteiro Lobato - Reunindo escritos da juventude com textos posteriores,
Monteiro Lobato lançou estes contos como urna crítica acida, mas bem- humorada,
aos costumes provincianos dos povoados do interior do Brasil onde o poder é
invariavelmente dividido entre o coronel fanfarrão e o vigário que faz
acrósticos em latim.
Vermelho Amargo
- Bartolomeu Campos Queirós - O primeiro livro pela Cosac Naify de um dos
maiores expoentes da literatura infanto-juvenil brasileira não poderia ser mais
um. Vermelho Amargo revela uma face diferente do escritor Bartolomeu Campos de
Queirós, e o insere definitivamente na literatura brasileira, para além de
classificações. Um narrador em primeira pessoa revisita a dolorosa infância,
marcada pela ausência da mãe substituída por uma madrasta indiferente. Vemos os
irmãos, filhos de um pai que não larga o álcool e de uma madrasta que serve em
todas as refeições fatia cada vez mais finas de tomate, desenvolverem diversas
anomalias para tentar suprir a ausência de afeto e a saudade da mãe. Um come
vidro, a outra não larga as agulhas e o ponto cruz. Numa espécie de contagem
regressiva, o narrador observa seus irmãos mais velhos irem embora de casa. A
prosa memorialística vale a pena, no entanto: afinal, esquecer é desistir, é
não ter havido… Neste depoimento de inspiração autobiográfica, a prosa poética
de Bartolomeu é dolorosamente bela. Como ele mesmo coloca na epígrafe, foi
preciso deitar o vermelho sobre papel branco para bem aliviar o seu amargo. Uma
obra delicada como arame farpado, nas palavras do diretor teatral Gabriel
Villela, que assina o texto de quarta capa.
Retratos
narrados - Adriano Bitarães Netto - Retratos Narrados, segundo o autor
Adriano Bitarães Netto, foi criado com o intuito de introduzir os jovens no
universo ficcional de clássicos da literatura brasileira, de modo que, através
da técnica do pastiche - o pastiche é uma criação baseada em uma obra já
existente que serve de base para outro texto original -, esses leitores se
sintam instigados a procurarem pelas obras canônicas da nossa literatura.
Valendo-se dos famosos personagens das obras clássicas da literatura brasileira, inseridos em suas histórias de origem e, ainda, resguardando o estilo do autor do prototexto, Adriano atualiza, mescla, estiliza e dá continuidade às suas existências criando-recriando situações.
Miguilim, de Guimarães Rosa; Jeca Tatu, de Monteiro Lobato; a cachorra Baleia, de Graciliano Ramos; Ponciano, de José Cândido de Carvalho; Macunaíma, de Mario de Andrade; Bentinho e Capitu de Machado de Assis e João Ternura, de Aníbal Machado são despertados de suas obras fundadoras para viverem-reviverem, em seus mundos, novos enredos. Nas sete narrativas do livro, estão impressos o domínio, a técnica, o estudo, a pesquisa incansável que a obra exigiu, revelando o talento de Adriano e, principalmente, sua admiração pelas Belas Letras.
Valendo-se dos famosos personagens das obras clássicas da literatura brasileira, inseridos em suas histórias de origem e, ainda, resguardando o estilo do autor do prototexto, Adriano atualiza, mescla, estiliza e dá continuidade às suas existências criando-recriando situações.
Miguilim, de Guimarães Rosa; Jeca Tatu, de Monteiro Lobato; a cachorra Baleia, de Graciliano Ramos; Ponciano, de José Cândido de Carvalho; Macunaíma, de Mario de Andrade; Bentinho e Capitu de Machado de Assis e João Ternura, de Aníbal Machado são despertados de suas obras fundadoras para viverem-reviverem, em seus mundos, novos enredos. Nas sete narrativas do livro, estão impressos o domínio, a técnica, o estudo, a pesquisa incansável que a obra exigiu, revelando o talento de Adriano e, principalmente, sua admiração pelas Belas Letras.
Poesia Faz
Pensar ( Para Gostar de Ler ) - "O que se esconde na engrenagem dos
poemas? Como as palavras combinam suas mil faces secretas? No segredo dos
poemas está a capacidade de fazer sentir. Mas não só. Bons poemas são capazes
de fazer pensar. Muitas vezes, comovidos, esquecemos que por trás dos versos há
racionalidade, intenção e lógica.
Esta antologia traz poemas de Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Vinicius de Moraes, Fernando Pessoa e Luís de Camões, entre outros. Mais do que reuni-los, Poesia faz pensar decifra os poemas junto ao leitor, convidando-o a encaixar as pequenas peças que formam sua engrenagem e a perceber, sem preconceitos, que o raciocínio acompanha as grandes emoções que vivenciamos ao ler poesia."
Esta antologia traz poemas de Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Vinicius de Moraes, Fernando Pessoa e Luís de Camões, entre outros. Mais do que reuni-los, Poesia faz pensar decifra os poemas junto ao leitor, convidando-o a encaixar as pequenas peças que formam sua engrenagem e a perceber, sem preconceitos, que o raciocínio acompanha as grandes emoções que vivenciamos ao ler poesia."
Incidente em
Antares - Érico Veríssimo - Em dezembro de 1963, uma sexta-feira 13, a
matriarca Quitéria Campolargo arregala os olhos em sua tumba, imaginando estar
frente a frente com o Criador. Mas logo descobre que está do lado de fora do
cemitério da cidade de Antares, junto com outros seis cadáveres, mortos-vivos
como ela, todos insepultos.
Uma greve geral na cidade, à qual até os coveiros aderiram, impede o enterro dos mortos. Que fazer? Os distintos defuntos, já em putrefação, resolvem reivindicar o direito de serem enterrados - do contrário, ameaçam assombrar a cidade. Seguem pelas ruas e casas, descobrindo vilanias e denunciando mazelas. O mau cheiro exalado por seus corpos espelha a podridão moral que ronda a cidade. Em Incidente em Antares, Erico Verissimo faz uma sátira política contundente e hilariante que, mesmo lançada em 1971, em plena ditadura militar, não teve receio de abordar temas como tortura, corrupção e mandonismo. "Desta vez abri a veia da sátira e deixei seu sangue escorrer livre e abundantemente." - Érico Verissimo
Uma greve geral na cidade, à qual até os coveiros aderiram, impede o enterro dos mortos. Que fazer? Os distintos defuntos, já em putrefação, resolvem reivindicar o direito de serem enterrados - do contrário, ameaçam assombrar a cidade. Seguem pelas ruas e casas, descobrindo vilanias e denunciando mazelas. O mau cheiro exalado por seus corpos espelha a podridão moral que ronda a cidade. Em Incidente em Antares, Erico Verissimo faz uma sátira política contundente e hilariante que, mesmo lançada em 1971, em plena ditadura militar, não teve receio de abordar temas como tortura, corrupção e mandonismo. "Desta vez abri a veia da sátira e deixei seu sangue escorrer livre e abundantemente." - Érico Verissimo
O Ateneu - Raul
Pompéia- Um dos mais inteligentes romances da literatura brasileira e obra
mais conhecida de Raul Pompéia, O Ateneu narra a história de Sérgio, um garoto
que com onze anos é levado pelo pai para um internato. Em uma recriação
autobiográfica, o autor conseguiu como poucos captar os conflitos,
constrangimentos e angústias do dia-a-dia no colégio interno.
Domínio Público
( Literatura em Quadrinhos ) - Autores como Guy de Maupassant, Esopo, Bram
Stoker, Richard Middleton e Isaac E. Babel conduzem esta obra. Quadrinistas
brasileiros dão à literatura universal um tom moderno e dinâmico. 'Domínio
Público 2' procura comprovar a atualidade e originalidade das obras clássicas,
compondo um panorama atual da produção de quadrinhos do Brasil.
Desmundo (
Romance ) - Ana Miranda - Numa noite
estrelada de 1555, chega ao Brasil, numa caravela, uma leca de órfãs mandadas
pela rainha de Portugal para se casarem com os cristãos que aqui habitavam. A
história dessas órfãs é contada por uma delas. Seu íntimo revela não apenas as
aspirações e angústias de sua desamparada existência feminina, mas também a
brutalidade do desmundo que a cerca, o encontro entre povos em guerra, o
conflito entre seres diferentes, a intolerância religiosa, os terrores que
encerra o desconhecido.
Poemas
Minimalistas - Simone Pederson - Como um gavião que rasga o céu com suas
garras para ver o que tem do outro lado, o leitor poderá abrir a realidade e
enxergar outra dimensão a cada poema minimalista, onde elegantes cigarras tocam
jazz no jardim de inverno e formigas atletas nadam em gotas de orvalho pela
manhã.
Recado de
Primavera - Ruben Braga - Estas crônicas foram, em sua maioria, publicadas
nos últimos anos na Revista Nacional e no suplemento dominical do Correio do
Povo de Porto Alegre. A que deu título ao livro foi feita para a TV-Globo no
primeiro aniversário da morte de Vinícius de Moraes. Este livro fala de coisas
como a Rainha Nerfetite, a Revolução de 1932 em que ele foi correspondente de
guerra antes de ir com a FEB para a Itália, o diário secreto de um cara
subversivo, a mulher casada que sentia uma estranha vontade de navegar e o
holandês que cortava pepinos no rio Guadalquivir.
Poe - A vida
brilhante e sombria de um gênio - Jordi Siebra i Fabra - Este livro
pretende apresentar a vida de Edgar Allan Poe através de toda a sua dimensão
humana, em especial as adversidades provenientes de sua genialidade. Procura
mostrar que os escândalos, a miséria, a morte, a demência e sua genial obra
atravessam os dias e as noites da vida do autor, marcada pela tragédia. Jordi Sierra i Fabra elaborou um retrato vivo
de Poe e sua literatura, que Alberto Vázquez ilustrou com exuberante beleza.
O Lenhador - Catulo
da Paixão Cearense - O poema"O lenhador", publicado em 1918 no
primeiro livro de poesia de Catullo, Meu sertão, é para ser lido em voz alta,
no estilo de um contador de causos. Esta edição, organizada por Chico dos
Bonecos, traz a versão em linguagem sertaneja, como era declamado pelo autor, e
outra em português formal. Prefaciada por Manoel de Barros, a obra acompanha
outros poemas do autor, anotações biográficas, citações sobre sua obra e
bibliografia consultada.
A Janela De
Esquina do Meu primo - E.T.A. Hoffmann - O livro narra a história de um
escritor inválido, preso em seu pequeno apartamento de esquina, cuja única
abertura para o mundo é uma janela de onde ele observa toda a praça. Ao receber
a visita de seu primo, os dois descrevem minuciosamente os tipos que frequentam
e fazem suas compras na feira semanal na Gendarmenmarkt, principal praça de
Berlim. O autor antecipa as questões urbanísticas e sociais das grandes
metrópoles. A obra ainda traz ilustrações que recriam imagens de época e
aparecem também recortadas nas margens do livro, como uma janela que se abre
para a praça. O texto publicado postumamente, no mesmo ano de sua morte,
apresenta pontos semelhantes à vida do autor, mas não é claramente
autobiográfico.
Bananas podres -
Ferreira Gullar - Maior poeta brasileiro da atualidade, Ferreira Gullar
apresenta neste livro, em textos manuscritos, uma reunião e seus poemas
intitulados “Bananas podres”, acompanhados por uma série de pinturas e colagens
inéditas feitas por ele especialmente para esta edição. “Embora já houvesse
surgido antes a ideia de reunir os poemas sobre bananas podres num livro
ilustrado, só recentemente fui levado a inventar este pequeno álbum. É verdade
que, faz alguns anos, escrevi mais alguns poemas sobre o tema, mas o fator
decisivo foi ter percebido que as folhas de jornal, que uso para limpar o
pincel, lembravam, com suas manchas escuras, a cor das bananas quando começam a apodrecer”, explica o
poeta. O tema das Bananas acompanha a produção poética de Gullar desde os anos
de 1970 e está ainda presente em seu último livro de poesia, Em alguma parte
alguma, recentemente premiado como o melhor do ano na categoria pelo Jabuti. A
infância em São Luís, a família, a passagem do tempo, a desordem e a tentativa
de reter sensações estão presentes nesses poemas que refletem o melhor da
poesia de Ferreira Gullar e suas próprias interpretações visuais sobre sua vida
e expressão.
A Espada e o Novelo
- Dionísio Jacob - A morte não detém a transmissão de histórias. É essa
verdade que o escritor brasileiro Dionísio Jacob nos descortina no romance A
espada e o novelo, lançamento de Edições SM, ao resgatar heróis gregos, como
Jasão e Heracles, e a fundação mítica de Atenas. Com o “frescor de fonte
antiga”, como o próprio autor intitula sua auto-apresentação, a mitologia grega
teve fundamental papel na sua formação e produção literária.
Carteira de
Identidade - Roseana Murray e Elvira
Vigna - O livro reúne 57 poemas breves sobre assuntos diversos, gravitando
em torno do tema existência/visão de mundo/identidade. Cada poema lembra uma
fotografia que se olha demoradamente. Tem-se a impressão de que os poemas são
partes de um caleidoscópio em que o jogo interno dos espelhos produz as mais
diferentes sensações - que convergem para uma indagação sobre a própria
identidade.
Magma - João
Guimarães Rosa - Premiado em
1936 pela Academia Brasileira de Letras, este livro de Guimarães Rosa
transformou-se quase numa lenda, permanecendo inédito desde então. Livro de
estréia do escritor, os poemas contidos na obra foram conhecidos por poucos,
inacessíveis a muitos e aguardados durante longo tempo, com uma existência
quase clandestina. Na obra, mais de sessenta poemas resgatam a magia de João
Guimarães Rosa.
A Estrutura da
Bolha de Sabão - Lygia Fagundes Telles - Esta reunião de oito contos
escritos por Lygia Fagundes Telles em épocas e circunstâncias diversas atesta
não apenas a excelência da prosa da autora mas também a sua condição de notável
"pesquisadora de almas", conforme a definiu o crítico Nogueira
Moutinho.
A Morena da Estação
- Ignácio de Loyola Brandão - Vocês vão ler um livro de amor aos trens que,
talvez um dia, voltem a circular com passageiros por este Brasil. Memórias
alegres, bem humoradas, com algum drama e suspense, a mostrar as mudanças do
mundo, usos e costumes. Um tempo que existiu e que, às vezes, parece ficção.
Mas há também atualidade, os dias de hoje, reencontros. Crônicas, contos,
breves lembranças, boatos, lendas, curiosidades em torno dos trilhos, vagões,
locomotivas, estações, trilhos e túneis. As delícias das viagens, os
restaurantes e suas comidas, amores, a vida dos ferroviários, os trens
noturnos, a solidão, os vendedores de revistas, as brincadeiras aventureiras
nos trilhos. Reconstituo o clima, a atmosfera em que vivemos por muitos anos.
Sempre se fala que os trens voltarão. Se voltarem, vocês já saberão algumas
coisas sobre eles Os protagonistas destas histórias encontram-se, em geral,
numa relação crítica com as pessoas e ambientes que os cercam - e também
consigo próprios. Secretos podres familiares, desenganos amorosos, vocações
frustradas, o desejo extraviado, nada é confortável nessas narrativas
descontínuas, que alternam descrição objetiva, discurso indireto livre e fluxo
de consciência, num autêntico tour de force literário. A vida, parece nos dizer
a autora, é frágil, fugaz e misteriosa como uma bolha de sabão.
A Ilha - Flávio Careiro - Um Rio de Janeiro
cercado de água por todos os lados, habitado por moradores que anseiam fazer
contatos com outros sobreviventes de uma catástrofe que levou todos os
continentes para o fundo das águas. A cidade é agora uma pequena ilha, um
pedaço do litoral carioca que teria se soltado durante a catástrofe. Nessa
ilhota perdida no meio do oceano, pessoas e lugares começam de uma hora para
outra a desaparecer, sem deixar vestígios. Assim é o cenário distópico
de A ilha, o novo e intrigante romance de Flávio Carneiro, que fecha a
Trilogia do Rio de Janeiro, iniciada com O campeonato e A
confissão.
São três romances em que o Rio de Janeiro é referência para a movimentação dos personagens e que dialogam entre si e com alguns gêneros narrativos populares: o policial, no caso de O Campeonato; o fantástico, em A Confissão; e agora a ficção científica, em A ilha. Em todos eles, Flávio Carneiro faz uma homenagem à cidade, que se reinventa permanentemente e para a qual, mais do que nunca, os olhos do mundo estão voltados, e à própria literatura.
O Rio de Janeiro que surge em A ilha, no entanto, não perdeu sua cobertura natural para os edifícios. Os locais por onde passam os personagens lembram um Rio paradisíaco, da época do descobrimento, com suas florestas, rios, praias belíssimas, um mundo sem poluição, sem violência, e que de repente se depara com um novo e inusitado perigo. O suspense é parte integrante da trama no momento em que começam a surgir nas praias misteriosas garrafas com mapas. Para onde apontam aqueles mapas é o que os moradores do que restou do Rio de Janeiro precisam descobrir. Narrado por um monge franciscano, que observa os acontecimentos na biblioteca do mosteiro e tenta identificar quem estaria por trás do envio das garrafas, A ilha se concentra em alguns personagens que buscam resolver o mistério de suas próprias existências, enquanto lutam para sobreviver. Não faltam perguntas sem respostas no cotidiano tranquilo dos habitantes da ilha. As mães se preocupam quando os jovens insistem em nadar nas águas que podem tragá-los para o fundo, como acreditam que aconteceu com os desaparecidos; na delegacia, o encarregado das investigações policiais mostra-se atônito com o enigma das garrafas e os sucessivos desaparecimentos de pessoas que não deixam pistas ou vestígios. Com os mapas, há esperança de que o continente de onde a ilha se partiu ainda esteja lá, que não tenha sido levado pelas águas, como os outros. O que mais intriga os moradores, que planejam viajar de barco em busca do continente perdido, é por que os mapas têm sido lançados na direção de sua ilha. Mais estranho que o desaparecimento de pessoas é o sumiço de casas, ruas, praças. De um momento para outro, a delegacia, o mercado, o cais simplesmente não estão mais nos lugares onde foram construídos. Não há sinais de desabamento, nem destroços. Aparentemente, tudo evapora, sem qualquer explicação. Só se tem certeza de uma coisa: a ilha está se movendo, provavelmente em direção ao continente de onde teria se originado. É nesta cena pós-apocalíptica, cuja probabilidade de se tornar real, devido ao aquecimento planetário, vem sendo apontada pela comunidade científica, que se desenvolve este último clamor de vida do que seria uma cidade à beira-mar. Aos poucos, o leitor descobre quem é o povo que habita o que poderiam ser terras cariocas, que não têm apenas nomes semelhantes aos reais em comum com o Rio de Janeiro, mas, principalmente, um jeito todo especial de seus habitantes na luta pela sobrevivência diária.
São três romances em que o Rio de Janeiro é referência para a movimentação dos personagens e que dialogam entre si e com alguns gêneros narrativos populares: o policial, no caso de O Campeonato; o fantástico, em A Confissão; e agora a ficção científica, em A ilha. Em todos eles, Flávio Carneiro faz uma homenagem à cidade, que se reinventa permanentemente e para a qual, mais do que nunca, os olhos do mundo estão voltados, e à própria literatura.
O Rio de Janeiro que surge em A ilha, no entanto, não perdeu sua cobertura natural para os edifícios. Os locais por onde passam os personagens lembram um Rio paradisíaco, da época do descobrimento, com suas florestas, rios, praias belíssimas, um mundo sem poluição, sem violência, e que de repente se depara com um novo e inusitado perigo. O suspense é parte integrante da trama no momento em que começam a surgir nas praias misteriosas garrafas com mapas. Para onde apontam aqueles mapas é o que os moradores do que restou do Rio de Janeiro precisam descobrir. Narrado por um monge franciscano, que observa os acontecimentos na biblioteca do mosteiro e tenta identificar quem estaria por trás do envio das garrafas, A ilha se concentra em alguns personagens que buscam resolver o mistério de suas próprias existências, enquanto lutam para sobreviver. Não faltam perguntas sem respostas no cotidiano tranquilo dos habitantes da ilha. As mães se preocupam quando os jovens insistem em nadar nas águas que podem tragá-los para o fundo, como acreditam que aconteceu com os desaparecidos; na delegacia, o encarregado das investigações policiais mostra-se atônito com o enigma das garrafas e os sucessivos desaparecimentos de pessoas que não deixam pistas ou vestígios. Com os mapas, há esperança de que o continente de onde a ilha se partiu ainda esteja lá, que não tenha sido levado pelas águas, como os outros. O que mais intriga os moradores, que planejam viajar de barco em busca do continente perdido, é por que os mapas têm sido lançados na direção de sua ilha. Mais estranho que o desaparecimento de pessoas é o sumiço de casas, ruas, praças. De um momento para outro, a delegacia, o mercado, o cais simplesmente não estão mais nos lugares onde foram construídos. Não há sinais de desabamento, nem destroços. Aparentemente, tudo evapora, sem qualquer explicação. Só se tem certeza de uma coisa: a ilha está se movendo, provavelmente em direção ao continente de onde teria se originado. É nesta cena pós-apocalíptica, cuja probabilidade de se tornar real, devido ao aquecimento planetário, vem sendo apontada pela comunidade científica, que se desenvolve este último clamor de vida do que seria uma cidade à beira-mar. Aos poucos, o leitor descobre quem é o povo que habita o que poderiam ser terras cariocas, que não têm apenas nomes semelhantes aos reais em comum com o Rio de Janeiro, mas, principalmente, um jeito todo especial de seus habitantes na luta pela sobrevivência diária.
50 Poemas - E um
Prefácio Interessantíssimo - Mário de Andrade - Com os cinquenta poemas que reunimos aqui,
damos uma mostra representativa da obra poética de Mário de Andrade, um dos
mais importantes e atuantes autores modernos brasileiros, responsável por uma verdadeira
renovação estética em nossas letras. Apresentamos ainda neste volume o
"Prefácio interessantíssimo " , texto que foi publicado em Pauliceia
desvairada - no mesmo ano em que aconteceu a Semana de Arte Moderna - e se
tornou emblemático do movimento modernista no Brasil, podendo ser lido também
como uma espécie de manifesto da poesia andradiana.
Histórias
Extraordinárias - Edgar Allan Poe - Edgar Allan Poe é um verdadeiro gênio!
Criador de uma literatura inquietante, ele maneja como nenhum outro a arte de
aguçar a curiosidade pelo imprevisto, pelo terror. Sempre numa atmosfera de
suspense, esse escritor norte-americano do século XIX - que inventou o conto policial
e o thriller psicológico - junta em suas narrativas elementos perturbadores
como o sobrenatural, o fantástico e o insólito. Os contos, repletos de
mistério, trazem detalhes minuciosos de sentimentos, lugares e personagens. E
envolvem tão profundamente o leitor que este já não consegue escapar do
extraordinário mundo de Poe.
Cala a Boca e Me
Beija - Alcione Araújo - Consagrado dramaturgo e vencedor do prêmio Jabuti
de 2005, pelo livro Urgente é a Vida, Alcione Araújo traz nesta obra uma
seleção de 70 crônicas publicadas no jornal O Estado de Minas. O autor vai do
cotidiano ao fabuloso, num texto que flui da narração à abstração com maestria.
Casos do Rio, do seu mineiro Leblon e do mundo são contados com a agudeza de um
poeta, mas nenhuma observação ou palavra é escolhida ao acaso, o que faz com
que o leitor se veja sempre dentro de sua crônica.
Nietzsche( HQ ) - Onfrey e Leroy - Um resumo da biografia
de Nietzsche em HQ.
Confissões de
Minas - Carlos Drummond de Andrade - Publicado originalmente em 1944,
primeiro livro em prosa do poeta mineiro, foi incluído na edição da Obra
completa e nunca mais ganhou a forma de volume independente. A edição da Cosac
Naify restaura volume independente que reúne textos escritos entre os anos 1920
e 1940, acompanhado de textos críticos de Antonio Candido, Sérgio Milliet e
Lauro Escorel. Neste livro, o escritor da grande poesia de A rosa do povo e
Claro enigma faz prosa da melhor qualidade e de diferentes maneiras. O
romancista Cyro dos Anjos, amigo de Drummond, comentou à época do lançamento:
“não acredito que se encontrem páginas mais belas na língua portuguesa”. Em
Confissões de Minas Drummond se confessa por intermédio da poesia e do modo de
ser de outros escritores, e também ao falar de suas origens e da paisagem
humana com a qual se solidariza no anonimato da metrópole. A prosa deste livro
se alimenta do “sentimento do mundo”, ou seja, das grandes correntes históricas
de sua época, marcada pela transformação do Brasil rural em urbano-industrial,
pela crise de 1929, pela ascensão de nazismo e comunismo, culminando na Segunda
Guerra Mundial. Um Drummond menos conhecido mas não menos fundamental.
A Poesia do Nome - Maria Viana - Um nome feminino pode ter diferentes representações de acordo com as várias escolas literárias. Beatriz, Cleópatra, Dulcineia, Helena, Julieta, Laura, Lídia, Marília, Ofélia e Salomé foram os nomes escolhidos para compor essa antologia com poemas de Fernando Pessoa, Paul Verlaine, Apolinaire, Petrarca, Heine, Bocage, Álvares de Azevedo, Olavo Bilac, Machado de Assis, entre outros. Vários artistas plásticos também criaram obras de arte a partir do nome dessas mulheres reais ou imaginárias. Por isso, foram usadas reproduções de algumas pinturas inspiradas nesses nomes femininos para ilustrar esta antologia. Mostra de que a poesia de um nome pode ser expressa por meio de palavras, sonoridades e cores.
A Poesia do Nome - Maria Viana - Um nome feminino pode ter diferentes representações de acordo com as várias escolas literárias. Beatriz, Cleópatra, Dulcineia, Helena, Julieta, Laura, Lídia, Marília, Ofélia e Salomé foram os nomes escolhidos para compor essa antologia com poemas de Fernando Pessoa, Paul Verlaine, Apolinaire, Petrarca, Heine, Bocage, Álvares de Azevedo, Olavo Bilac, Machado de Assis, entre outros. Vários artistas plásticos também criaram obras de arte a partir do nome dessas mulheres reais ou imaginárias. Por isso, foram usadas reproduções de algumas pinturas inspiradas nesses nomes femininos para ilustrar esta antologia. Mostra de que a poesia de um nome pode ser expressa por meio de palavras, sonoridades e cores.
Poemas de
Ouvido - O Renato Rocha - O Renato Rocha que assina esse livro, apesar de
já ter feito teatro, não é o teatrólogo Renato Rocha; nem o baixista da extinta
Legião Urbana; nem o Renato Rocha guitarrista dos Detonautas; nem o Renato
Rocha locutor e baixo-cantante; nem o resenhista literário; nem o especialista
em agricultura; nem o jurista do mesmo nome; mas, sim, o Renato Rocha
compositor e letrista autor de A lua, O verbo flor e outras canções infantis ,
e também co-autor, em parceria com Geraldo Azevedo, de Inclinações Musicais,
Dia Branco, Bicho de Sete Cabeças e outras composições já incorporadas ao nosso
cancioneiro, interpretadas por, entre outros, Nara Leão, Roberto Menescal,
MPB4, Daniela Mercury, Emilio Santiago, Simone, Ney Mato Grosso, Zeca Baleiro e
o próprio Geraldo Azevedo. Este é o seu primeiro livro de poemas.
103 - Os Pastores da
Noite - Jorge Amado - Escrito às vésperas do golpe militar de 1964, este
romance modelar se constrói em três partes autônomas, interligadas por
personagens comuns: prostitutas, boêmios, vigaristas, a comunidade notívaga de
Salvador, com suas leis e valores próprios: o culto à cachaça, o ódio à polícia,
o horror ao trabalho.Na primeira parte, o cabo Martim, craque dos baralhos
marcados e dos dados viciados, sedutor cobiçado, aparece com companheira fixa e
planos de constituir um lar. A notícia cai como uma bomba entre os pastores da
noite. A segunda narrativa trata do batizado do filho de Massu, negro musculoso
que ganha a vida fazendo pequenos fretes. O padrinho do menino é o próprio
Ogum, e assim o batizado mobiliza a noite da cidade, embaralhando candomblé e
catolicismo. Na última parte, a ocupação do morro do Mata Gato por desabrigados
desencadeia um conflito social e político. O dono do terreno recorre à polícia,
mas entram em cena outras forças e interesses: autoridades governamentais,
imprensa corrupta, banqueiros do jogo do bicho.O romance foi levado ao cinema
em 1976 pelo francês Marcel Camus, e em 1995 a segunda parte do livro virou a
minissérie de tevê O compadre de Ogum.
104 - Eu Fui a Melhor
Amiga de Jane Austen - Cora Harrisson - Chega ao Brasil o livro: "Eu
fui a Melhor Amiga de Jane Austen" da autora Cora Harrison. A história tem
o objetivo de introduzir os mais jovens ao empolgante mundo dos livros de Jane
Austen. O livro traz uma combinação entre fatos históricos e ficção,
apresentando a relação entre as adolescentes Jane Austen e sua prima Jenny
Cooper.
105 - A Chegada -
Shaun Tan - É a história de um
imigrante, como tantos outros, que deixa sua terra natal buscando melhores
condições de sustento para sua família. Chegando a um novo e extraordinário
país, precisa aprender a decifrar idiomas e costumes.Em sua jornada, conhece
outros imigrantes, cada um contando o passado que os trouxe até ali.
106 - João do Rio-
Uma Antologia - Luís Martins - Luís
Martins foi o pseudônimo mais constante de João Paulo Alberto Coelho Barreto.
Com esta antologia de crônicas, reportagens e contos, o organizador - e outro
grande cronista das ruas cariocas - Luís Martins mostra por que João do Rio se
transformou no escritor mais popular de seu tempo, revolucionou a maneira de se
fazer jornalismo e entrou para a Academia Brasileira de Letras numa idade em
que a maioria lança o livro de estréia. Com nítidos retratos da miséria, da
marginalidade, da boemia e das figuras características que cambaleavam por
aquelas calçadas, os textos presentes em João do Rio, uma antologia são
testemunhos literários do Rio de Janeiro do começo do século passado. Dividido
entre 'Crônicas e reportagens' e contos, 'João do Rio - Uma Antologia' compila
o melhor da produção do escritor.
Essencial - Franz
Kafka - Aprisionado à sufocante existência burguesa a que as convenções
familiares e sociais o obrigavam, Franz Kafka (1883-1924) chegou certa vez a
afirmar que “tudo o que não é literatura me aborrece”. Muitas narrativas que
compõem o cerne da obra kafkiana se originaram da forte sensação de
deslocamento e desajuste que acompanhou o escritor durante toda a sua curta
vida. Apesar de seu estado fragmentário, o espólio literário de Kafka -
publicado na maior parte em edições póstumas, graças à generosa traição de Max
Brod, que se recusou a destruí-lo conforme a vontade do amigo - é considerado
um dos monumentos artísticos mais importantes do século XX. Esta edição de
Essencial Kafka reúne em um único volume diferentes momentos da produção do
autor de O processo. As traduções consagradas de Modesto Carone, realizadas a
partir dos originais em alemão, permitem que clássicos como A metamorfose, Na
colônia penal e Um artista da fome sejam lidos (ou relidos) com fidelidade ao
estilo labiríntico da prosa kafkiana. Além disso, esta edição traz 109
aforismos e uma introdução assinada por Modesto Carone, também responsável
pelos comentários que antecedem os textos.
O Médico e o
Monstro ( HQ ) - Robert Louis Steveson e Jason Ho - "Afinal de contas, pensei, eu era como
meus semelhantes; e depois sorri, comparando-me com outros homens, comparando a
minha boa vontade ativa com a preguiçosa crueldade de sua negligência."
Um fato inesperado altera o ritmo calmo das ruas de Londres: alguém abre a porta dos fundos da residência de Henry Jekyll. A partir desse momento, o cotidiano se confunde como inexplicável, o secreto, o sobrenatural. Quem é o sinistro Edward Hyde, e o que o une ao respeitável Dr. Jekyll? Duas personalidades opostas disputam a alma de um homem.
Um romance magistral de Robert Louis Stevenson. Uma história que nos envolve intimamente.
Um fato inesperado altera o ritmo calmo das ruas de Londres: alguém abre a porta dos fundos da residência de Henry Jekyll. A partir desse momento, o cotidiano se confunde como inexplicável, o secreto, o sobrenatural. Quem é o sinistro Edward Hyde, e o que o une ao respeitável Dr. Jekyll? Duas personalidades opostas disputam a alma de um homem.
Um romance magistral de Robert Louis Stevenson. Uma história que nos envolve intimamente.
Infâmia - Ana Maria Machado - Em Infâmia,
romance inédito de Ana Maria Machado, a escritora questiona os artifícios e as
calúnias que com tanta frequência encobrem a verdade no mundo atual. O romance
narra duas histórias em paralelo, centradas numa família de diplomatas e seus
amigos mais próximos. Manuel Serafim Soares de Vilhena é um embaixador
aposentado, patriarca de uma família bem-sucedida de diplomatas. Com problemas
de visão, aguarda o agendamento de uma cirurgia. Enquanto isso, Camila, a filha
de um casal de amigos, o visita com frequência, para ajudá-lo a ler livros e
jornais. Tudo parece bem na casa dos Soares de Vilhena. Mas o aparecimento de um
envelope com documentos antigos traz à tona os fantasmas que há tempos
assombram a família. Na pasta, há fotos e fragmentos de textos de Cecília,
filha do embaixador, que morreu anos antes em circunstâncias misteriosas.
Mas esse não é o único núcleo narrativo do romance: o embaixador recebe também as visitas de Jorge, um fisioterapeuta jovem, cujo pai, que trabalha numa repartição pública, é acusado injustamente de participar de um esquema de corrupção. Aos poucos, eles se verão presos a uma rede de falsas acusações, num turbilhão kafkiano que só pode levar à tragédia.
Em Infâmia, Ana Maria Machado entrelaça fatos da história recente do Brasil em que a verdade, em meio a distorções e calúnias, nem sempre prevalece. O resultado é um livro coeso sobre as múltiplas faces da realidade nos dias de hoje.
Mas esse não é o único núcleo narrativo do romance: o embaixador recebe também as visitas de Jorge, um fisioterapeuta jovem, cujo pai, que trabalha numa repartição pública, é acusado injustamente de participar de um esquema de corrupção. Aos poucos, eles se verão presos a uma rede de falsas acusações, num turbilhão kafkiano que só pode levar à tragédia.
Em Infâmia, Ana Maria Machado entrelaça fatos da história recente do Brasil em que a verdade, em meio a distorções e calúnias, nem sempre prevalece. O resultado é um livro coeso sobre as múltiplas faces da realidade nos dias de hoje.
Chica, Sinhá! -
Carlos Alberto de Carvalho - A casa assombrada era o seu refúgio. Pouco saía e
gostava de permanecer à janela. Olhava o jardim, os morros e montanhas
distantes. Um olhar à procura, Chica queria não lembrar o período feliz ao lado
de João Fernandes. Constituíra com o Contratador uma família, uma união que
durou dezessete anos e na qual tiveram treze filhos. O último, José Agostinho,
ainda disputava os peitos da mãe com a irmã. Chica da Silva, vez por outra,
sentia tão forte saudade de João Fernandes que permanecia sentada, diante da
janela, por horas a fio. Não queria pôr ordem na vida doméstica; não queria
saber dos problemas das prioridades, sobre os escravos. sobre os contratos e
administração na Casa do Contrato, não, não queria saber...
Otelo (
Shakespeare em HQ ) - Jozz e Akira Sanoki - O trágico amor de Otelo e
Desdêmona, envolvido pelas intrigas do traiçoeiro Iago, surge com toda força
nesta HQ intensa e dramática. Uma história que irá te envolver da primeira à
última página!
Contos de
Terror e Mistério - Edgar Allan Poe - Edgar Allan Poe é o mestre do conto e das
histórias de terror, mistério e investigação. Este livro reúne quatro textos do
autor norte-americano, adaptados em português e inglês: A caixa retangular, O
último pulo do sapo, O gato preto e Os crimes da rua Morgue. Tratam-se de
narrativas que impressionam pela criatividade, pelo clima de suspense e pela
capacidade analítica dos personagens de cada trama. São histórias misteriosas,
envolventes e que mostram todo o talento de Poe na arte de escrever contos,
reunidas neste livro com versões em duas línguas diferentes.
Cachorro
Velho - Teresa Cárdenas - Ao final
do século XIX a escravidão ainda é uma realidade em Cuba, um dos mais
importantes destinos do tráfico de escravos e de plantações de cana de
açúcar.Tirado dos braços de sua mãe ao nascer, Cachorro Velho não conheceu
outra vida além da servidão em uma plantação de açúcar. Seu nome foi dado pelo
capataz da plantação porque, como os perdigueiros que perseguiam os escravos
fugidos, Cachorro Velho está sempre buscando o cheiro de sua mãe.O romance
Cachorro Velho oferece um relato realista do ponto de vista deste velho negro
cubano. A história se refere constantemente às memórias de seus 70 anos como
escravo. Através dessas lembranças o leitor vislumbrará o horror e desespero da
vida de alguém que experimentou sucessivas perdas e a brutalidade dos senhores
de escravos.Cachorro Velho permite ao leitor compreender um ser humano que
reluta em se entregar ao amor e que, quando confrontado com uma possibilidade
de fuga, descobre finalmente a possibilidade de amar, sentindo-se livre.
Ganhador do Casa de las Américas, a mais alta honra literária de Cuba e um dos
prêmios mais importantes do mundo.
Leonardinho - Memórias
do Primeiro Malandro Brasileiro (HQ ) - Walter
Pax - Leonardo está de volta. Apesar da farda de sargento de milícias, suas
confusões ainda agitam o Rio de Janeiro patrulhado pelo Major Vidigal. Esta sequência
imaginária da obra Memórias de um sargento de milícias se apresenta fiel ao
espírito bem-humorado das aventuras criadas por Manuel Antônio de Almeida. O
que teria acontecido com os personagens do famoso romance brasileiro, anos após
o casamento dos protagonistas Leonardo e Luisinha? Ainda no tempo do rei, a
vida dos moradores do Rio de Janeiro teria sido colocada de pernas para o ar
pelas malandragens de Leonardinho, o filho de Leonardo Pataca? A resposta desta
e de outras perguntas está aqui, no texto ficcional de Vicente Castro e nas
linhas firmes e harmônicas de Walter Pax. Perseguições, amores, intrigas e
risadas se dirigem a uma fatídica noite de quinta-feira, quando quase tudo pode
acontecer. O universo carioca do autor funde-se à atmosfera de detalhes
claro-escuros do quadrinista para criar uma história vibrante e surpreendente.
Contrafeito - Juliano
Ribas - Contrafeito, primeiro romance de Juliano Ribas, traz as vozes de
frequentadores dos mais diversos círculos sociais – políticos, milionários,
ladrões, mendigos, prostitutas, assassinos, fronteiriços – e arremessa o
leitor, com sua prosa dinâmica, bem humorada e surpreendente, no turbilhão
interior do personagem principal, Charles Rodrigo, que opta pela escalada
social por meios ilícitos sem nunca saber, no entanto, exatamente o que busca.
O romance, explica o autor, curitibano que vive em São Paulo, “é fruto de
observação, memórias, vivências e alguns delírios. Claro que alguns autores de
que gosto Em Trânsito - No caminho entre a casa e o trabalho o poeta recolhe
cenas corriqueiras, como a draga escavando o leito do rio ou os passageiros
esperando o trem - são poemas que transmitem a consciência constante de estar
no mundo em companhia - e de partilhar a experiência dessa travessia com a
multidão de desconhecidos, uma multidão que de repente entra em foco. estavam
sempre por perto, empilhados ao lado do teclado”.
Em Trânsito - Alberto
Martins - No caminho entre a casa e o trabalho o poeta recolhe cenas
corriqueiras, como a draga escavando o leito do rio ou os passageiros esperando
o trem - são poemas que transmitem a consciência constante de estar no mundo em
companhia - e de partilhar a experiência dessa travessia com a multidão de
desconhecidos, uma multidão que de repente entra em foco.
Poemas,
sonetos, baladas & Pátria Minha - Vinicius de Moraes - Este volume
reúne dois altos momentos da obra de Vinicius de Moraes. Poemas, sonetos e
baladas, publicado em São Paulo em 1946, é, provavelmente, o mais importante e
o mais belo livro do poeta. A primeira edição foi de apenas 372 exemplares,
numerados tipograficamente e assinados pelo autor, e ilustrado com 22 desenhos
de Carlos Leão. Desde então, o livro não voltou às livrarias, ainda que vários
de seus poemas tenham sido reproduzidos em diversas antologias e se
celebrizaram, como "Soneto de fidelidade", "Soneto do maior
amor", "Balada do Mangue", "Balada das meninas de
bicicleta", "Poema de Natal", "O dia da criação" e
"Soneto de separação", entre outros. O leitor tem em mãos, agora,
todos os poemas - com os textos rigorosamente fixados - bem como as históricas
ilustrações de Carlos Leão. Acrescentou-se
a Poemas, sonetos e baladas um único poema, o emocionante Pátria minha, que
apareceu como um pequeno livro, em 1949, numa edição de cinqüenta exemplares,
feita por João Cabral de Melo Neto em sua prensa manual quando morava em
Barcelona, sob o selo O livro inconsútil.
O volume se abre com um caderno de imagens - muitas delas inéditas - que situam histórica e biograficamente os livros, com a reprodução de fotos e manuscritos. Ao final, o leitor encontrará um precioso conjunto de textos críticos, entre eles um posfácio de José Miguel Wisnik, escrito especialmente para esta edição.
O Menino Grapiúna - Jorge Amado - No sul da Bahia, o menino Jorge Amado testemunhou o nascimento de cidades, as guerras pela posse da terra, o florescimento de uma cultura e de uma mitologia. Nesse mundo rude conturbado, de muita vitalidade e quase sem lei, forjaram-se a sensibilidade e os valores do futuro escritor. Esse processo de formação, entre jagunços, coronéis, malandros e prostitutas que serviriam de modelo a muitas de suas criações literárias, o autor evoca aqui com as cores vivas e o humor caloroso a que estão habituados seus leitores. São personagens inesquecíveis, como o aventureiro tio Álvaro Amado, que o levava às mesas de jogatina e aos bordéis; o jagunço José Nique e o padre Cabral, que apresentou ao pequeno Jorge as Viagens de Gulliver e os livros de Charles Dickens.
O volume se abre com um caderno de imagens - muitas delas inéditas - que situam histórica e biograficamente os livros, com a reprodução de fotos e manuscritos. Ao final, o leitor encontrará um precioso conjunto de textos críticos, entre eles um posfácio de José Miguel Wisnik, escrito especialmente para esta edição.
O Menino Grapiúna - Jorge Amado - No sul da Bahia, o menino Jorge Amado testemunhou o nascimento de cidades, as guerras pela posse da terra, o florescimento de uma cultura e de uma mitologia. Nesse mundo rude conturbado, de muita vitalidade e quase sem lei, forjaram-se a sensibilidade e os valores do futuro escritor. Esse processo de formação, entre jagunços, coronéis, malandros e prostitutas que serviriam de modelo a muitas de suas criações literárias, o autor evoca aqui com as cores vivas e o humor caloroso a que estão habituados seus leitores. São personagens inesquecíveis, como o aventureiro tio Álvaro Amado, que o levava às mesas de jogatina e aos bordéis; o jagunço José Nique e o padre Cabral, que apresentou ao pequeno Jorge as Viagens de Gulliver e os livros de Charles Dickens.
Jorge Amado também adquiriu nesses primeiros anos seu inquebrantável amor pela
liberdade, sobretudo quando se viu privado dela, ao ser enviado a um internato
jesuíta. Não por acaso, estas breves memórias se encerram com a fuga
espetacular do internato: "Fugi no início do terceiro ano, atravessei o
sertão da Bahia no rumo de Sergipe, iniciando minhas universidades". O
aprendizado elementar da vida já estava completo, e é ele que Jorge resgata
neste livro encantador, publicado originalmente em 1981.
Uma Ilha no
Oceano - Annika Thor - É o verão de 1939. Duas irmãs judias, vindas de
Viena, são enviadas à Suécia para escapar do terror nazista. Elas acreditam que
ficarão com as famílias adotivas apenas por seis meses, até que seus pais
possam fugir da Áustria e levá-las para a América. Mas, como a guerra se torna
cada vez mais cruel, as meninas permanecem esperando, numa afastada ilha de
pescadores na costa oeste da Suécia. A mais novas, Nelli, rapidamente absorve
os costumes de sua nova casa. Contente com a família que a acolheu, logo
prefere usar o sueco à sua língua materna, o alemão. Nelli Steiner consegue
conviver bem com a nova realidade. A irmã mais velha, porém, tem dificuldades
para se adaptar. Steffi se sente excluída e sua mãe adotiva é tão fria,
indiferente e alheia quanto a ilha inacessível que vivem. Além disso, a menina
pensa constantemente nos pais, ainda em perigo na Áustria, e se pergunta se
voltará a vê-los algum dia. Best seller em seu país de origem, Uma ilha no
oceano foi o primeiro romance de Annika Thor. Transformado em uma popular série
de televisão, com roteiro da própria autora, é um tocante relato de
sobrevivência e superação.
Mar de Histórias ( O Realismo ) - Aurèlio
Buarque e Paulo Rónai - A obra
completa da coleção Mar de Histórias, antologia do conto mundial é composta de
10 volumes independentes, contém nada menos que 239 contos escolhidos entre os
melhores de 192 autores pertencentes a 41 literaturas. Foi empreendida há mais
de quarenta anos por Aurélio Buarque de Holanda Ferreira e Paulo Rónai. O
material está disposto por ordem cronológica da publicação dos contos. Cada um
deles é precedido de uma introdução que o situa na obra de seu autor e na
respectiva literatura. Notas abundantes facilitam a compreensão dos textos.
Esse Inferno
Vai Acabar - Humberto Werneck - “Em
Minas Gerais não acontece nada, mas o pessoal se lembra de tudo”, avisa o autor
numa das crônicas deste livro. Não é brincadeira, e talvez por isso mesmo
existam tantos escritores mineiros entre os grandes cronistas do país. Naquela
frase, que não é só de efeito, está escondida uma das mais delicadas definições
do gênero em que Fernando Sabino e Paulo Mendes Campos foram mestres. O não
acontecimento – o fato comezinho, a miudeza, a situação cotidiana – é a
matéria-prima da crônica. Mas é a memória que, ao retirar do passado e
reinventar essas pequenas histórias, dá a graça e a beleza que as transformam em
arte. Como bom mineiro, e ainda melhor cronista, Humberto Werneck lembra de
tudo. Da tristeza pelo cancelamento (justificado) de uma aguardada festa de
aniversário na infância à alegria de presenciar a histórica inauguração de
Brasília. Nesta coletânea, Werneck ainda reúne uma galeria de tipos difíceis de
esquecer: Solange, a prima que adora falar difícil; Dona Alzira, que bolou um
escudo de eucatex para se defender de um tarado munido de raio laser; e Samuel,
que está de novo com a conversa de que o mundo vai acabar. Humberto Werneck é
um contador de histórias como poucos. Ele narra com o ritmo preciso e o humor
refinado que o tornaram conhecido como um dos melhores textos do jornalismo
brasileiro. Como cronista, alia a capacidade de observação ao talento com as
palavras. O resultado, que pode ser conferido nas 44 crônicas deste livro, é
uma conversa que revela a humanidade dos personagens e do próprio autor.
Obra Completa -
Murilo Rubião - Sucesso de vendas na década de 1970, Murilo Rubião se
aventurou no universo do fantástico mesmo sem conhecer Franz Kafka e antes de o
gênero ficar em voga entre os escritores latino-americanos. Além de precursor —
seus contos foram escritos, em sua maioria, entre os anos 1940 e 1960 —, Rubião
é mestre em fazer o absurdo penetrar na realidade cotidiana, subvertendo-a e
lançando novos olhares sobre temas consagrados da literatura, como o desejo, a
morte, o amor e a falta de sentido do mundo moderno. Esse fantástico está
presente em todos os contos e é intensificado pela falta de espanto dos
narradores e das personagens diante das situações extraordinárias que
presenciam e por uma linguagem objetiva e precisa. Para obter o perfeito
equilíbrio entre essas dimensões, Rubião acabou se tornando um autor que
preferiu reescrever seus textos à exaustão a publicar uma obra extensa. Assim,
ao longo da vida, selecionou para serem lançados em livros apenas os 33 contos
— verdadeiras pérolas literárias — que compõem esta antologia.
Paisagem - Lygia
Bojunga - Este livro traz uma narrativa que entrelaça os dois momentos do
processo de escrever uma história: o da criação (papel do autor) e o da
"re"-criação (papel do leitor). Para tecer essa relação, a autora
Lygia Bojunga cria o personagem Lourenço, um jovem que se corresponde com a
escritora que ele mais admira.
Caninos ( Antologia do vampiro literário ) - Bruno
Berlendis de Carvalho - Esta
antologia traz alguns momentos do vampiro nas letras ocidentais - seu
surgimento e suas metamorfoses. Nesta obra, o leitor acompanhará o trajeto
desta criatura através de - Dom Calmet, Ossenfelder, Goethe, Coleridge, Lord
Byron, Polidori, Charles Nodier, E.T.A. Hoffmann, Mérimée, Gógol, Gautier,
Baudelaire, Le Fanu, Sacher-Masoch, Guy de Maupassant, Bram Stoker e outros
mais. Um retrato do vampiro, sua história, seus amores, seus perigos.
Contos de
Piratas - Arthur Conan Doyle - Contos de piratas reúne seis narrativas
curtas representativas da parte mais vasta e menos conhecida da ficção de
Arthur Conan Doyle. Ainda que não pareça, só uma pequena porção da sua obra
envolve o personagem que se tornou maior que o autor, Sherlock Holmes. Esta,
entretanto, é apenas uma das faces da sua produção. Contos de piratas faz parte
dessa produção mais vasta. Lançada originalmente em 1922, a coletânea reúne
histórias editadas para as revistas de ficção e ntretenimento da época. Todas
têm formato e tamanho semelhantes e são narradas com um realismo quase
jornalístico, uma ficção construída a partir de dados concretos. As histórias
se estruturam pela exploração de um cenário através de episódios. A escolha da
pirataria como tema provavelmente contou com sugestões ou comentários de seu
amigo e parceiro da vida inteira, o baronete James Matthew Barrie (1860--1937),
que, anos antes, lançara Peter Pan, criando um personagem seminal na imaginação
popular, o inesquecível capitão Gancho, talvez o pirata ficcional mais
conhecido do século XX. Contos de piratas também desmistifica o romantismo
fantasioso associado à pirataria pela arte e cultura ocidentais a partir do
século XIX. Sharkey não é nenhum galã alegre e namorador como Errol Flynn e
outras celebridades dos filmes de Hollywood. Os piratas de Conan Doyle
representam justamente o oposto, a escória da escória da criminalidade, homens
desnorteados pelas guerras, patologicamente brutais e destrutivos.
Contos
Antológicos - Roniwalter Jatobá - O
contista, romancista e cronista Roniwalter Jatobá retrata o trabalho e o
trabalhador da cidade brasileira que é reconhecido como fundamental nessa
literatura. A vida sofrida desta classe, formada por legiões de migrantes, é o
universo que Jatobá recriou com sensibilidade e talento.
Éramos Seis -
Maria José Duprê - Uma manhã
ensolarada na capital paulista, no começo da década de 1940. Dia banal, como
outro qualquer, mas não para D. Lola: ela observa, pelo lado de fora, a casa
onde morou durante anos com a família e que já não é mais sua. Quem habitará
esse espaço agora? Como estarão os cômodos, outrora velhos conhecidos?
Seus devaneios reacendem episódios que ela guarda como relíquias, Emolduradas por fatos históricos que pontuaram as primeiras décadas do século XX, essas memórias evocam os sacrifícios e as conquistas passados ao lado do marido e dos filhos. Uma narrativa comovente que aviva nos leitores o valor dos momentos transitórios da vida.
Seus devaneios reacendem episódios que ela guarda como relíquias, Emolduradas por fatos históricos que pontuaram as primeiras décadas do século XX, essas memórias evocam os sacrifícios e as conquistas passados ao lado do marido e dos filhos. Uma narrativa comovente que aviva nos leitores o valor dos momentos transitórios da vida.
Minha Guerra
Alheia - Marina Colasanti - Uma cena de guerra dá início a este livro e à
vida de Marina Colasanti . Diante de um altar ao ar livre rodeado por soldados
e metralhadoras, casam-se os seus pais. O noivo, fardado, está prestes a partir
para mais uma etapa da conquista colonial italiana na África. Será na África,
em Asmara, capital da Eritréia, que a escritora nascerá dois anos mais tarde. Este
não é apenas um livro de memórias, é um documento. Jornalista com fecunda
trajetória em jornais e revistas, Marina alia suas lembranças a um intenso
trabalho de pesquisa para traçar, através da saga familiar, o retrato de uma
época e do conflito que abalou o mundo.Depois de Asmara, Tripoli, na Líbia. A
vida na colônia é efervescente: caçadas, corridas de automóveis, festas sob as
tendas iluminadas por archotes. Mas o sonho seria de curta duração. Com o
início da Segunda Guerra e a volta para a Itália, será necessário enfrentar
novos tempos. O pai fascista, o avô historiador da arte, o tio figurinista, uma
cena de ópera, cartas do poeta d' Annunzio, uma filmagem em Cinecittá, se
entrecruzam com o avanço dos aliados, a falta de gêneros, um ato de espionagem,
o medo e a insegurança. Este livro entusiasmante que se lê como um romance, nos
revela mais uma faceta dessa escritora já consagrada em ficção, ensaio e
poesia.
Escrevendo no Escuro
- Patrícia Melo - Em seu primeiro livro de contos, a escritora e roteirista
Patrícia Melo demonstra a mesma riqueza na construção das tramas e personagens
que caracteriza seus romances e novelas, e, com seu humor ácido, volta ao tema
ao qual tem se dedicado: nossa perplexidade diante da morte. A escritora
Cecília é a linha unificadora que atravessa a obra, ilustrando a agonia que
acompanha o ato da criação e a luta dos autores para manter o controle de seus
personagens, que amiúde assumem os próprios destinos e personalidades,
desafiando o leitor a distinguir ficção dos fatos, fantasia e alucinação do que
é real.
Sentimento do Mundo - Carlos Drummond de Andrade - Publicado
em 1940, Sentimento do mundo permanece, tantos anos depois, ainda um dos
livros mais celebrados da carreira de Drummond. Não é para menos: o livro
enfileira poemas clássicos como “Sentimento do mundo”, “Confidência do
Itabirano”, “Poema da necessidade” - é possível que versos do livro inteiro
tenham sido impressos no inconsciente literário brasileiro, tamanha é sua
repercussão até hoje. Já estabelecido no Rio e observando o mundo (e a si
mesmo) de uma perspectiva urbana, o Drummond de Sentimento do
mundo oscila entre diversos pólos : cidade x interior, atualidade x
memórias, eu x mundo. Perfeita depuração dos livros anteriores, este é um
verdadeiro marco - e como se isso não bastasse, é o livro que prepara o terreno
para nada menos do que A rosa do povo (1945). Por isso a ênfase, ao
longo de todo o livro, na vida presente.
O Trono da Rainha
Jinga - Alberto Mussa - Rio de Janeiro, século XVII. Uma onda de
inexplicável violência, atribuída a uma irmandade secreta de escravos
criminosos, traz pânico à cidade. Aliando a técnica ágil das tramas de mistério
a uma linguagem de precisão artística, este livro faz um grande passeio pelo
Rio Antigo, dos solares às senzalas, dos largos cheios de gente às vielas
escuras. Como cada capítulo é narrado por um personagem, com visões diferentes
da história, o desfecho é ainda mais imprevisível.
O Mágico de Oz - L. Frank Baum - Um espantalho sem
cérebro. Um leão sem coragem. Um homem de lata sem coração. São esses os mais
novos amigos de Dorothy, depois de ela ter sido levada por um furacão até ao
país do Mágico de Oz. Uma fabulosa viagem, repleta de aventuras, nas quais
todos os sonhos se tornam realidade...
Não à Ditadura
- Victor Jara - Em 11 de setembro de 1973, o golpe de estado liderado por
Augusto Pinochet derrubou o governo de Salvador Allende. O resultado foi a
destruição de tudo o que havia de democrático no Chile, desde o parlamento e
jornais da oposição às universidades públicas e centros culturais. Com a
extinção dessas organizações, pretendia-se exterminar a memória do país, da sua
cultura e da sua história.
O livro de Bruno Doucey apresenta a vida e a luta de um dos militantes contrários ao governo autoritário. Víctor Jara não precisou pegar em armas, mas encontrou na música uma forma de protesto para combater as injustiças e a violência. Suas canções revelavam a brutalidade do regime militar, e Jara não se intimidava em cantá-las em público. Essa atitude lhe gerou muitos inimigos, que, logo após o golpe de estado, a prisão e a morte do compositor.
“As músicas e a cultura em geral tiveram papel importante na resistência às ditaduras, porque o povo se sensibiliza facilmente com elas, que muitas vezes levam mensagens bastante críticas ao poder ditatorial”, escreve o cientista político Emir Sader, no prefácio deste livro.
Sobre o autor - Bruno Doucey nasceu na França em 1961. Editor, poeta e escritor, ele faz de seus livros uma forma de combater as injustiças.
Anjos da Umbria - Sérgio Maranhão - Anjos da Umbria é um mergulho na alma do povo brasileiro. Um livro arrebatador, no qual os personagens emergem diante de nossos olhos como verdadeiros fantasmas esquecidos pelo tempo, trazendo consigo o pulsar de um universo sombrio onde o drama humano toma o lugar do cotidiano. Mas, por trás da ficção, espreita-nos a realidade dos despossuídos, deserdados pela vida e jogados em algum canto destes, tantos brasis. Sérgio Maranhão tem a propriedade de desnudar seus personagens, penetrando no âmago das suas consciências em busca de seus sentimentos mais profundos. Sua prosa é envolvente, instigante, sem contudo deixar falecer o espírito cientifico que remete o leitor a uma reflexão constante sobre a vida.
O livro de Bruno Doucey apresenta a vida e a luta de um dos militantes contrários ao governo autoritário. Víctor Jara não precisou pegar em armas, mas encontrou na música uma forma de protesto para combater as injustiças e a violência. Suas canções revelavam a brutalidade do regime militar, e Jara não se intimidava em cantá-las em público. Essa atitude lhe gerou muitos inimigos, que, logo após o golpe de estado, a prisão e a morte do compositor.
“As músicas e a cultura em geral tiveram papel importante na resistência às ditaduras, porque o povo se sensibiliza facilmente com elas, que muitas vezes levam mensagens bastante críticas ao poder ditatorial”, escreve o cientista político Emir Sader, no prefácio deste livro.
Sobre o autor - Bruno Doucey nasceu na França em 1961. Editor, poeta e escritor, ele faz de seus livros uma forma de combater as injustiças.
Anjos da Umbria - Sérgio Maranhão - Anjos da Umbria é um mergulho na alma do povo brasileiro. Um livro arrebatador, no qual os personagens emergem diante de nossos olhos como verdadeiros fantasmas esquecidos pelo tempo, trazendo consigo o pulsar de um universo sombrio onde o drama humano toma o lugar do cotidiano. Mas, por trás da ficção, espreita-nos a realidade dos despossuídos, deserdados pela vida e jogados em algum canto destes, tantos brasis. Sérgio Maranhão tem a propriedade de desnudar seus personagens, penetrando no âmago das suas consciências em busca de seus sentimentos mais profundos. Sua prosa é envolvente, instigante, sem contudo deixar falecer o espírito cientifico que remete o leitor a uma reflexão constante sobre a vida.
A Filha do Escritor ( Romance ) - Gustavo Bernardo - O enredo do livro se desenvolve através de referências à obra de
Machado que corroboram a versão da paciente. Aos poucos, envolvido pela
paciente, o médico começa a questionar-se sobre a real natureza de sua
fantasia. Perseguido por déjà-vus - mais comumente associados aos processos
mentais dos pacientes do que aos raciocínios médicos -, Joaquim vê-se seduzido
e enredado entre os limites da doença psiquiátrica e da memória, que reconstrói
e transforma a realidade.
Branca como
Leite , Vermelha como Sangue - Alessandro D'Avenia - Chega ao Brasil "Branca
como o Leite, Vermelha como o Sangue", de Alessandro D’Avenia, o romance
sobre o ano mais intenso na vida de um jovem, em que ele aprende a lidar com os
próprios sentimentos e, consequentemente, com seu amadurecimento. Leo é um
garoto de dezesseis anos como tantos: adora o papo com os amigos, o futebol, as
corridas de motoneta, e vive em perfeita simbiose com seu iPod. As horas
passadas na escola são uma tortura, e os professores, “uma espécie protegida
que você espera ver definitivamente extinta”. Apesar de toda a rebeldia, ele
tem um sonho que se chama Beatriz. E, quando descobre que ela está
terrivelmente doente, Leo deverá escavar profundamente dentro de si, sangrar e
renascer para a vida adulta que o espera. Um traço interessante na narrativa de
D’Avenia é a técnica de utilizar cores para descrever os sentimentos e as
sensações do menino Leo; por exemplo, o branco, sinônimo de solidão e silêncio:
“O silêncio é branco. Na verdade, o branco é uma cor que não suporto: não tem
limites. (...) Ou melhor, o branco não é sequer uma cor. Não é nada, é como o
silêncio.” (p. 10) O leitor perceberá a transformação de um garoto com todas as
características da juventude – rebelde, egoísta, egocêntrico – numa pessoa
madura e responsável. Essa mudança começa a ser percebida quando Leo deixa de
jogar o jogo decisivo do campeonato de futebol para cuidar de sua amiga doente.
A convivência despertará nele o sentimento de cumplicidade e do verdadeiro
amor, promoverá o debate do que é realmente o sonho e mostrará que, no
crescimento emocional, é importante a presença de um orientador, um
mentor.Branca como o leite, vermelha como o sangue não é apenas um romance de
formação ou uma narrativa de um ano de escola: é um texto corajoso que, por
meio do monólogo de Leo – ora descontraído e divertido, ora mais íntimo e
atormentado –, conta o que acontece no momento em que, na vida de um adolescente,
irrompem o sofrimento e o pesar, e o mundo dos adultos parece não ter nada a
dizer.
Lavoura Arcaica - Raduan Nassar - "Lavoura
Arcaica" é um texto em que se entrelaçam o novelesco e o lírico, por meio
de um narrador em primeira pessoa - André, o filho encarregado de revelar o
avesso de sua própria imagem e, conseqüentemente, o avesso da imagem da
família. É sobretudo uma aventura com a linguagem: além de fundar a narrativa,
a linguagem é também o instrumento que, com seu rigor, desorganiza um outro
rigor, o das verdades pensadas como irremovíveis. Lançado em dezembro de 1975,
Lavoura arcaica foi imediatamente considerado um clássico, uma revelação,
dessas que marcam a história da nossa prosa narrativa , segundo o professor e
crítico Alfredo Bosi.
Lumes ( Uma
Antologia de Haicais ) - Pedro Xisto -
Pedro Xisto (1901-1987), mais conhecido por sua contribuição – com
poemas lápides – ao movimento da poesia concreta brasileira, realizou também
uma extensa e notável produção de haikai (ou haiku), a partir do modelo de
poema japonês imortalizado por bashô no século XVII. Embora se liguem à
tradição, os haikais de Pedro Xisto apresentam características peculiares: o
autor apropria-se da forma tradicional para criar poemas afinados com a sua visão
de poesia voltada à máxima síntese e a construção de relações que armam um todo
consistente e coeso.Para ler plenamente os haikais desta antologia, será
preciso vê-los e ouvi-los de modo “a apalpar”, “pesar”, “degustar” as palavras,
os versos, o conjunto: tudo nesses breves poemas contribui para que eles se
tornem verdadeiras “figuras” que se delineiam diante de nossos sentidos, com
diferentes e complementares dimensões de significado.
Instruções para
Salvar o Mundo - Rosa Montero - Num
cenário de subúrbio, onde a noite reclama o seu território e os fantasmas
reivindicam o seu espaço, um taxista viúvo que não consegue superar a perda da
mulher, um médico desiludido, uma cientista anciã e uma belíssima prostituta
africana sedenta de vida cruzam os seus caminhos, para nos obsequiarem com uma
visita guiada ao mundo vertiginoso e convulso que cada um encerra dentro de si.
Mas esta não é uma história de horrores, é antes uma fábula de sobreviventes, de quatro personagens que reúnem todos os elementos necessários para serem considerados uns desgraçados, que se movem nos mundos limítrofes à máfia, ao tráfico de mulheres brancas, e a universos virtuais como Second Life, mas que conseguem encontrar um apoio que lhes permite a remição e a saída das trevas que os mantinham prisioneiros.
Mas esta não é uma história de horrores, é antes uma fábula de sobreviventes, de quatro personagens que reúnem todos os elementos necessários para serem considerados uns desgraçados, que se movem nos mundos limítrofes à máfia, ao tráfico de mulheres brancas, e a universos virtuais como Second Life, mas que conseguem encontrar um apoio que lhes permite a remição e a saída das trevas que os mantinham prisioneiros.
O Dom do Crime
- Marco Luchesi - Dono de profunda
precisão verbal, Lucchesi não é um autor qualquer. Seu texto foge da
simplicidade, mas se mantém aberto à criação. O resultado é uma mistura de
prosa e poesia, numa linguagem que encanta e hipnotiza. Tradutor, ensaísta e
poeta premiado, Lucchesi volta seu talento para outro gênero e se lança, pela
primeira vez, ao romance com o aguardadíssimo " O Dom do Crime ". Lucchesi cria um
delicioso narrador-autor, não identificado, que conta uma história para o
futuro. Um homem do século XIX que, ao ser aconselhado pelo médico a escrever
suas memórias, se lança não para a própria vida, mas sobre um crime passional,
notícia no Rio de Janeiro de Machado de Assis. Esse misterioso narrador traça
paralelos curiosos entre este assassinato, o julgamento que absolve o marido
supostamente traído e a obra mais aclamada de Machado, Dom Casmurro. Terá o
Bento de Machado qualquer coisa do real José Mariano? E Capitu teria sido
inspirada em Helena, a esposa que sucumbe ao ciúme do marido? Todos os dados de
ordem informativa, factual, foram longamente pesquisados e comprovados, em
papel velho e fontes congêneres — tudo passou pelo crivo de Lucchesi. Mas, para
além disso, o romance traz uma flutuação permanente entre literatura e
documento, história e ficção. Em " O Dom do Crime " , real e
ficcional se entrelaçam numa obra de fôlego, em que os julgamentos dificilmente
encerram a verdade dos fatos, a complexidade da vida. “Precisei realizar essa
dinâmica todo o tempo, de modo a que o leitor se perguntasse, como num jogo,
onde começa esta e onde termina aquela”, argumenta Lucchesi.
Em Alguma Parte
Alguma - Ferreira Gullar - Após dez anos da publicação de seu último livro
de poemas, Muitas vozes, Ferreira Gullar entrega ao público, agora, este Em
alguma parte alguma, em que dá prosseguimento à reflexão poética sobre a
existência. Este difere dos livros anteriores, no desenvolvimento de novos
temas e, sobretudo, pelas questões que suscita na realização do poema. É ele
mesmo, o autor, quem costuma assinalar, como característica de sua produção
poética o fato de que, sem que o busque deliberadamente, cada um de seus livros
de poemas difere do outro, bem mais do que costuma ocorrer num mesmo autor. Faz
questão de assinalar que não planeja seus livros de poemas, sendo eles,
portanto, resultado da própria indagação poética e da reflexão sobre a vida e
sobre seu trabalho de poeta.
Ferreira Gullar afirma que o seu poema nasce do “espanto”, quando inesperadamente depara-se com um aspecto inesperado do real e, a partir daí, vão se sucedendo os poemas, até que a motivação se esgote. Isso explica a recorrência de determinados temas, que, tempos depois, voltam a ganhar atualidade. Nestes últimos anos, a obra de Ferreira Gullar, já consagrada pela crítica e pelos leitores, foi distinguida com prêmios de alta significação na vida cultural, como o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, e, este ano, com o Prêmio Camões, a mais alta distinção que se concede a escritores de língua portuguesa. Gullar foi também indicado para o Prêmio Nobel de Literatura, em 2002 e 2004.
Ferreira Gullar afirma que o seu poema nasce do “espanto”, quando inesperadamente depara-se com um aspecto inesperado do real e, a partir daí, vão se sucedendo os poemas, até que a motivação se esgote. Isso explica a recorrência de determinados temas, que, tempos depois, voltam a ganhar atualidade. Nestes últimos anos, a obra de Ferreira Gullar, já consagrada pela crítica e pelos leitores, foi distinguida com prêmios de alta significação na vida cultural, como o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, e, este ano, com o Prêmio Camões, a mais alta distinção que se concede a escritores de língua portuguesa. Gullar foi também indicado para o Prêmio Nobel de Literatura, em 2002 e 2004.
Shazam! – Jorge
Viveiros de Castro - Muito mais do que a palavra mágica, as pequenas
histórias que aqui retratam os dramas e dilemas de alguns super-heróis tratam
do que não pode ser dito. Ou do que há por trás das palavras, das máscaras e
das identidades secretas que regem as tarefas sobre-humanas daquelas pessoas
incumbidas de salvar o mundo e a todos, a cada nova página.
Manuel Bandeira
- Eduardo Coelho ( Seleção e prefácio ) - Manuel Bandeira foi um dos mais importantes poetas
brasileiros. Ao longo de seu trajeto literário, aproximou-se de vários modelos
estéticos sem aderir, inflexivelmente, a nenhum deles. Seus primeiros versos
estão vinculados ao neo-simbolismo, mas também se relacionam à tradicional
lírica portuguesa; depois, aproveitou-se de um grande número de técnicas vanguardistas.
Resulta daí uma pluralidade artística marcada pelo desdobramento de muitos
recursos, combinados sempre de modo original e coerente. Essa liberdade
criativa foi preservada não somente nas múltiplas formas poéticas que adotou,
mas também no distanciamento crítico frente a variadas questões. Isto revela
ainda que, tanto em prosa quanto em verso, elaborou obras cuja lucidez é uma
das marcas irrevogáveis.
Correio do Tempo - Mario Benedetti - Publicado
em 1999 e até agora inédito no Brasil, Correio do tempo reúne relatos breves
que mesclam ironia, delicadeza e profundidade, num estilo que consagrou Mario
Benedetti em romances como A trégua, clássico contemporâneo da literatura
latino-americana.Os contos neste livro tratam dos mais diversos tipos de encontros
e despedidas, do distanciamento e da passagem do tempo: uma criança passa um
fim de semana na casa do pai separado; um homem doente escreve ao amigo pela
última vez; sobreviventes de dois naufrágios diferentes se encontram
acidentalmente numa ilha deserta; uma visita inesperada de um preso político ao
seu algoz; e um relato, cheio de compaixão, de um homem preso por matar quem
amava. A maestria de Benedetti é evidente nos mínimos detalhes. Em recortes
precisos, o escritor uruguaio é capaz de imprimir um humor sutil a suas
histórias mesmo nos momentos mais improváveis, talento que se tornou uma de
suas marcas registradas: “Houve um tempo em que eu sonhava com enchentes. De
repente, os rios transbordavam e inundavam os campos, as ruas, as casas e até
minha própria cama. Aliás, foi em sonhos que aprendi a nadar, e graças a isso
consegui sobreviver às catástrofes naturais”, diz o personagem de um conto,
para depois reclamar que sua nova habilidade funcionava apenas em sonho, “pois
mais tarde tentei exercê-la, completamente acordado, na piscina de um hotel e
quase morri afogado”.
13 Contos de
Medo e Arrepios ( Com poemas de Augusto dos Anjos ) - Almir Correia - Se
você gosta de contos de terror, daqueles bem assustadores, vai amar este livro
escrito por Almir Correia, que adora inventar estórias e criar mundos.
Fantasmas, monstros, assassinos, vampiros, cemitério, criaturas famintas do
além...
Os Vizinhos
Morrem nos Romances - Sérgio Aguirre -
Os vizinhos morrem nos romances é uma
narrativa policial digna de Hitchcock e Agatha Christie.Prepare-se:nem o medo
fara voce deixar a historia para amanha!
A Ostra e o Bode - Carlos Herculano Lopes -
Reunião de cinqüenta crônicas publicadas no jornal O Estado de Minas, entre os
anos de 2003 e 2004. Aliando a linguagem simples e coloquial da crônica com o
lirismo peculiar do autor, este novo livro de Carlos Herculano Lopes é recheado
de boas e bem contadas histórias.
A Outra Volta
do Parafuso - Henry James - " A
Outra Volta do Parafuso" conta a história da jovem filha de um pároco que,
iniciando-se na carreira de professora, aceita mudar-se para a propriedade de
Bly, em Essex, arredores de Londres. Seu patrão é tio e tutor de duas crianças,
Flora e Miles, cujos pais morreram na Índia, e deseja que a narradora (que não
é nomeada) seja a governanta da casa de Bly. Ao chegar a Essex, a jovem logo
percebe que duas aparições, atribuídas a antigos criados já mortos, assombram a
casa. O triunfo íntimo da protagonista, mais que desvendar o mistério de Bly,
consiste em vencer o silêncio imposto pela diferença de condição social entre
ela e seus pequenos alunos. Desde que foi publicada, sucessivas gerações de
leitores, críticos e artistas têm se inspirado na maestria narrativa desta
novela, cuja tradução de Paulo Henriques Britto reconstitui com precisão a
elegante contundência do original inglês.
Micrômegas (
Uma História Filosófica ) - Voltaire - Inspirado nas Viagens de Gulliver
(1726), de Jonathan Swift, Micrômegas, escrito em 1752, é considerado um dos
primeiros textos de ficção científica e também um dos primeiros a veicular a
possibilidade de sermos visitados por habitantes de outros planetas. O
personagem que dá nome ao livro é um ser gigantesco, habitante de um planeta
que gira em volta da estrela Sirius, que decide se aventurar pelo universo. Em
sua jornada, para em Saturno, onde fica amigo de um gigante menor que ele, e segue
viagem, agora em companhia do saturniano, passando por Marte e chegando à
Terra. Aqui, os dois viajantes têm uma longa e interessante conversa com seres
minúsculos, um grupo de filósofos que viajava num navio e que eles só conseguem
enxergar usando um diamante como microscópio
N. D. A. - Arnaldo Antunes -Sua última
reunião de poemas inéditos foi lançada como parte da antologia Como É Que Chama
O Nome Disso, de 2006, mas não havia saído como volume autônomo. Essa seção,
intitulada Nada de DNA, foi incorporada agora como um apêndice deste novo
volume. Para além do diálogo formal entre os títulos, N. D. A. parece compor
com Nada de DNA um volume poético bem coeso, dentro de sua variedade de
formas.A relevância dos aspectos rítmicos, a busca por síntese e precisão, a
fragmentação de vocábulos que sugerem múltiplas leituras no mesmo espaço
sintático e o uso de elementos gráfico-visuais, são alguns traços dessa poesia,
que ainda dialoga com a tradição de canção popular, exercida por Arnaldo em seu
trabalho como cantor e compositor.Em N. D. A., Arnaldo parece tensionar os
limites das duas principais direções de seu trabalho poético — nos verbais,
experimenta formatos mais longos, de até três ou quatro páginas. Nos visuais,
além dos já explorados recursos de variação de tipos, disposição das letras na
página, mescla de palavras e imagens; apresenta agora também alguns
poema-objetos, expostos em 2008, em mostra individual na galeria Laura Marsiaj
(Rio de Janeiro) e, em 2009, na mostra Ler Vendo, Movendo, realizada no Paço da
Liberdade (SESC PR), fotografados por Fernando Laszlo. Tudo isso equilibrado
pelo projeto gráfico, assinado pelo próprio autor.N. D. A. traz ainda uma parte
de Cartões Postais — reunião de fotos de placas e escritos urbanos que, deslocados
de seu contexto original, adquirem poeticidade, gerando novos significados. A
sequência das fotos acaba por sugerir uma narrativa oculta, que associa locais
diferentes por elos de sentidos imprevistos.
As melhores
Histórias de Fernando Sabino - Fernando Sabino - Seleção primorosa feita
pelo autor mineiro com 50 histórias. “É assombroso como você está escrevendo
bem a prosa de ficção. É uma coisa admirável a sua linguagem.” Mário de Andrade
a Fernando Sabino, carta de 1943 “Mais um feito magistral de um escritor que há
muito conquistou a prerrogativa de permanecer na literatura do Brasil.” Otto
Lara Resende. Seleção primorosa feita pelo autor mineiro com 50 histórias
publicadas em jornais e revistas. São relatos curtos de fatos colhidos da vida
real, com tratamento de ficção, em linguagem nítida, sem os ornamentos da
retórica tradicional, mas de apurada técnica literária. Episódios, incidentes,
reflexões, encontros e desencontros vividos por Fernando Sabino apresentados
com rica inventiva. Sob a aparente singeleza transparecem a sensibilidade, o
humor, a ironia e, às vezes, o espírito satírico, mas sobretudo a simpatia do
autor pela natureza humana. Em cada história, uma pequena maravilha da sua
experiência pessoal. Tudo ao redor de Sabino gera literatura.
Textura Afro - Adão Ventura - Reunião de poemas,
abordando temas da consciência afro-brasileira, como: origem, congado, Chico
Rei, Zumbi e outros, onde o autor une sua consciência política e racial a uma
linha inventiva de descobertas formais.
Três Terrores -
Leo Cunha - A coleção "três por três" apresenta uma inovadora
proposta editorial. Cada livro parte de um único eixo temático e reúne, em um
só volume, dois clássicos universais - adaptados de maneira envolvente e
criativa POR um autor contemporâneo brasileiro - , que dialogam com um texto
inédito desse mesmo autor. Temas eternos como amor, amizade , aventura,
mistério são o mote e o ponto de partida desses "encontros notáveis"
entre escritores de diferentes épocas e cultura. Eis os enredos de "Três
Terrores", o quinto volume da coleção três POR três. A obra é composta
pela adaptação dos clássicos Dracula, de Bram Stoker, O médico e o monstro, de
Robert L..., além do inédito O morto vivo da colina verde, de Leo Cunha.
Onde as Árvores
Cantam - Laura Gallego García - Filha única do Duque de Rocagris, Viana é
noiva do jovem Róbian de Castelmar. Prometidos um ao outro desde a infância,
eles se casarão na próxima primavera. Contudo, um alerta sobre a invasão
bárbara frusta seus planos. Tanto Róbian como o duque de Rocagris partem a fim
de defender o reino de Nórdia, mas fracassam. Da noite para o dia, o mundo de
Viana desmorona. Sozinha, ela é obrigada a fugir para a Grande Floresta. Ali
aprende a caçar, a lutar e a defender-se feito homem, renunciando, assim, à
condição de donzela. Para salvar o reino, porém, ela terá de seguir a pista de
antigas lendas sobre o lugar, no coração da mata, onde as árvores cantam...
Foi na
Primavera - Angela Nanetti e Roberto Innocenti - Florença, 1274. Dante
encontra a mulher que o marcará por toda a vida: Beatriz. Muitos anos mais
tarde, a palavra do grande poeta se alterna com a voz de um narrador e de
Gemma, esposa de Dante, para reconstituir uma época com suas alegrias e dores,
seus confrontos políticos e o amor, sob diversas formas.
A Cidade Transparente
- Ana Alonso , Javier Pelegrin e Pere Ginard - "Houve um tempo em que as vidas não
estavam escritas. Cada homem improvisava sua história dia a dia, hora a hora,
associando uma ação à outra sem levar em conta a estrutura e o significado do
conjunto. Aquelas pessoas, escravas do acaso, desperdiçavam seu tempo em
tarefas rotineiras que lhes consumiam o corpo e a mente com o único fim de
garantir o sustento e nem sequer tinham consciência de sua tragédia." Assim
começa esta novela gráfica de suspense que bebe nas fontes da obra
"1984", de George Orwell, e vai muito além do filme "O show de
Truman", porque toma como modelo a vida cotidiana e o melhor da ficção
científica, transportando o leitor para um futuro em que todos são, ao mesmo
tempo, observadores e observados, atores e espectadores. "A cidade
transparente" é uma leitura inteligente e audaciosa que provoca reflexões
sobre o que é público e o que é privado na sociedade contemporânea, propondo
uma espécie de alegoria das possíveis consequências da busca desenfreada pela
fama através das novas tecnologias e formas de interação social.
Ciranda de Nós
- Maria Caroline Maia - Atravessando a avenida Paulista, na enorme cidade
de São Paulo, a jovem caminha pela multidão. Ela almoça olhando no relógio, o
tempo de seu cotidiano é contado, mas o que ela enxerga é outro tempo, o da
infância vivida na pequena São José da Coroa Grande, no litoral sul de
Pernambuco. Tempo de dona Miúda, descendente de escravos e analfabeta, que lia
o futuro na fumaça de seu fogão. Tempo de Duca, cuja vida era trazer do mar o
peixe que lhe garantia o sustento. Tempo da Maionese, a bicicleta que a levava
pelas ruas de terra e sempre de volta para a casa de tijolos, o refúgio contras
as histórias que se contavam por lá.
O Filho Eterno
- Cristóvão Tezza - Em "O Filho
Eterno", Tezza expõe as dificuldades, inúmeras, e as saborosas pequenas
vitórias de criar um filho com síndrome de Down. Aproveita as questões que
aparecem pelo caminho nestes 26 anos de seu filho Felipe para reordenar sua
própria vida: a experimentação da vida em comunidade quando adolescente, a vida
como ilegal na Alemanha para ganhar dinheiro, as dificuldades de escritor com
trinta e poucos anos e alguns livros na gaveta, a pretensa estabilidade com o
cargo de professor em universidade pública.
Contos de
Horror ( Histórias para ler à noite ) - Martha Argel e Rosana Rios - Contos
de horror do século XIX, traduzidos e comentados por Rosana Rios e Martha Argel
- Mary Cholmondeley, Charles Dickens, Mary E. Braddon, Arthur Conan Doyle e
Edgar Allan Poe.
Há muito tempo que histórias de horror fascinam a humanidade. Zumbis, espectros, lobisomens, vampiros, personagens que hoje fazem sucesso em livros e cinemas modernos já permeavam a literatura desde o século XVIII, com mais vigor no século XIX, sobretudo na corrente literária denominada Romantismo. Para esta antologia, apresentamos contos de autores consagrados como Dickens, Poe e Conan Doyle, assim como Mary Cholmondeley e Mary E. Braddon, autoras respeitadas e de sucesso em sua época.
As traduções são acompanhadas de notas explicativas, que direcionam o leitor pela cultura da época, dando um panorama desse gênero clássico que ainda tanto aterroriza.
Há muito tempo que histórias de horror fascinam a humanidade. Zumbis, espectros, lobisomens, vampiros, personagens que hoje fazem sucesso em livros e cinemas modernos já permeavam a literatura desde o século XVIII, com mais vigor no século XIX, sobretudo na corrente literária denominada Romantismo. Para esta antologia, apresentamos contos de autores consagrados como Dickens, Poe e Conan Doyle, assim como Mary Cholmondeley e Mary E. Braddon, autoras respeitadas e de sucesso em sua época.
As traduções são acompanhadas de notas explicativas, que direcionam o leitor pela cultura da época, dando um panorama desse gênero clássico que ainda tanto aterroriza.
Contos Húngaros
- Paulo Schiller ( Seleção e tradução ) - Contos Húngaros reúne dez contos inéditos
divididos entre quatro dos autores mais representativos da literatura húngara:
Gyula Krúdy (1878–1933), DezsöKosztolányi (1885–1936), Géza Csáth (1887–1919) e
Frigyes Karinthy (1887–1938). Os autores escolhidos abarcam a última geração
que amadureceu antes da Primeira Guerra e do tratado de Trianon e a primeira
geração de escritores a colaborarem na revista Nyugat (Ocidente), e fornecem um
impressionante panorama da maestria da prosa húngara do início do século XX.
Frankenstein (
em HQ ) - Mary Shelley - Criado pela inglesa Mary Shelley em 1817, então
com apenas 19 anos, o romance Frankenstein tornou-se extremamente popular, com
inúmeras adaptações para o teatro, o cinema e TV. Nesta versão em quadrinhos da
Editora Peirópolis, Taisa apresenta seu olhar sobre a obra, buscando alcançar
em imagens os temas que atravessam a história e que ainda hoje ecoam na
cultura, como as contradições que envolvem o desenvolvimento da ciência frente
aos mistérios da natureza, o desejo de realizações grandiosas em contraponto ao
sossego da vida doméstica, a dificuldade de o homem exercer uma conduta
acolhedora frente a um outro radicalmente diferente.
Sombras no
Asfalto - Luís Dill - Para Coralina,
uma jovem de dezesseis anos, acordar era penoso, um processo lento, que
começava com o despertador, seguido da voz da mãe a lhe chamar, a luz do
abajur, as notícias que o pai escutava na cozinha, os sons que saíam do
computador do irmão. Mas, um dia, ela desperta e não há nada disso, apenas o
ronco do motor de um caminhão. Cora se vê sozinha em um quarto de motel de
beira de estrada, com um buquê de rosas vermelhas, uma sacola cheia de dinheiro
e uma perna mecânica em cima da cama. Usava um vestido velho, que havia ganhado
do avô, e estava descalça.
“Onde estou? Que lugar é este? Como foi que vim parar aqui? Quando cheguei? Alguém me trouxe? Cadê meus pais? Que dia é hoje? Que horas são?” Coralina não tem a resposta para nenhuma dessas perguntas, nem para muitas outras que se faz. Não sabe como foi parar naquele lugar, e vai tentar voltar para casa.
Esse é, no entanto, apenas o começo de uma jornada assustadora, e cada vez mais misteriosa, por um mundo estranho. O telefone do quarto toca e uma voz desconhecida aconselha Coralina a correr, fugir pela janela. Enquanto isso, alguém bate à porta, uma pessoa estranha que vai passar a perseguir a garota. Ao longo desse dia anormal, Coralina vai contar com a ajuda de um casal de idosos e de um garoto da sua idade, todos com atitudes suspeitas. Como em todo bom romance policial, a resposta para esse grande mistério é completamente surpreendente e chega apenas no final. E, no caso de Sombras no asfalto, diz respeito a uma questão típica da adolescência.
“Onde estou? Que lugar é este? Como foi que vim parar aqui? Quando cheguei? Alguém me trouxe? Cadê meus pais? Que dia é hoje? Que horas são?” Coralina não tem a resposta para nenhuma dessas perguntas, nem para muitas outras que se faz. Não sabe como foi parar naquele lugar, e vai tentar voltar para casa.
Esse é, no entanto, apenas o começo de uma jornada assustadora, e cada vez mais misteriosa, por um mundo estranho. O telefone do quarto toca e uma voz desconhecida aconselha Coralina a correr, fugir pela janela. Enquanto isso, alguém bate à porta, uma pessoa estranha que vai passar a perseguir a garota. Ao longo desse dia anormal, Coralina vai contar com a ajuda de um casal de idosos e de um garoto da sua idade, todos com atitudes suspeitas. Como em todo bom romance policial, a resposta para esse grande mistério é completamente surpreendente e chega apenas no final. E, no caso de Sombras no asfalto, diz respeito a uma questão típica da adolescência.
Sonho de uma
noite de verão ( HQ ) - William Shakespeare - A Editora Nemo aposta nos talentos nacionais
para o desafiante trabalho de adaptar William Shakespeare para os quadrinhos.
No clássico 'Sonho de uma noite de verão', Lillo Parra e Wanderson de Souza
mostram suas habilidades ao contarem a história com o humor e todo encanto que
ela exige.
Páginas do
Futuro - ( Contos brasileiros de ficção científica ) - Braulio Tavares ( Seleção ) - Reúne em 'Páginas do futuro'
12 contos de literatura fantástica de autores brasileiros, como Joaquim Manuel
de Macedo, Rachel de Queiroz, Rubem Fonseca, Fausto Fawcett. Nesta obra estão
representadas épocas sucessivas do conto de ficção científica, passando por
narrativas épicas, fantásticas e aventurosas que incluem histórias de seres
sobrenaturais, deuses, monstros, artefatos mágicos, cidades encantadas,
excursões a outros mundos, mitos de criação do mundo e dos seres.
Balé do Pato - Paulo
Mendes Campos - Em "Balé do Pato" estão reunidas trinta crônicas
que envolvem família, dia a dia, lembranças, fatos intrigantes, assuntos
literários e muito mais. Com sutileza, humor e requinte, o escritor compõe um
curioso retrato da vida, transformando os momentos simples do cotidiano em
histórias engraçadas e comoventes que nos levam a rir, amar e pensar. / Mineiro
de Belo Horizonte, Paulo Mendes Campos foi criado em cidade pequena, o que veio
a influenciar suas crônicas. Sua primeira publicação literária foi um livro de
poemas, mas foram as crônicas que lhe deram fama. Em Balé do Pato estão
reunidas trinta crônicas que envolvem família, dia a dia, lembranças, fatos
intrigantes, assuntos literários e muito mais. Com sutileza, humor e requinte,
o escritor compõe um curioso retrato da vida, transformando os momentos simples
do cotidiano em histórias engraçadas e comoventes que nos levam a rir, amar e
pensar.
Eu e o Silêncio
de meu Pai - Caio Riter - Transformar-se em gente não é tarefa fácil. O
menino muito sofreu, muito chorou. Olhava o pai e não entendia por que seu pai
não era como os outros tantos pais: homens de palavras, homens de carinhos,
homens de festa.
Não. Seu pai era silencioso, triste. Seu olhar era distante, seu passo era trôpego, seu carinho era vago. Assim, o menino teria que aprender a amar esse pai. Teria que aprender
a conversar com esse pai.
Não. Seu pai era silencioso, triste. Seu olhar era distante, seu passo era trôpego, seu carinho era vago. Assim, o menino teria que aprender a amar esse pai. Teria que aprender
a conversar com esse pai.
-Nadando Contra a
Morte - Lourenço Cazarré - Vinda do
interior para trabalhar como doméstica com uma família de classe média, Maria
do Amparo, 14 anos, foi estuprada pelo patrão e engravidou. A menina conseguiu
esconder da patroa a gravidez, mas não a criança. E recebeu um ultimato: que se
livrasse dela. Desesperada, depois de andar a esmo pelas ruas, Maria do Amparo
se atira no rio com a filhinha. A história de Maria do Amparo e seu salvamento
por dois esportistas (um nadador e um remador) é narrada por meio de
depoimentos da menina, do nadador, do remador, do capitão do Corpo de
Bombeiros, que tira todos do rio, e de outras personagens que presenciaram o
fato. Numa agilidade de reportagem, a história tem a dose exata de emoção.
Forte e expressivo é, também, o trabalho de Ana Raquel, que, numa composição
alegórica, funde pessoas e animais, partindo do que mais os aproxima: o
instinto de criação, de destruição, de preservação da vida. ''
Há Prendisagens
com o Xão - O Segredo húmido da lesma e outras descoisas ( poesia ) - Ondjaki
- do chão promovido a almofada, do nosso limite a ele, do nosso encontro sob ele
em algum tempo desconhecido, Ondjaki nos transporta para um diálogo com o
tempo, com a palavra, com a liberdade da escrita, com a imaginação de
seres misteriosos. descrições de uma natureza em brisa de jangada e zunzum de
abelha. e há também o encontro do sentimento com os seres que somos. os
lugares e as descoisas.mais conhecido como prosador aqui no Brasil, dessa vez o
autor nos oferece sua escrita em poesia construindo (ou desconstruindo) com
muita intimidade cada palavra, cada verso, à sombra das árvores, pela alma das
gaivotas, perto de um cardume de tardes. ou do chão. / é a busca e
exposição dos momentos, dos cheiros e das pessoas que fazem parte do meu
antigamente, numa época em que Angola e os luandenses formavam um universo
diferente, peculiar: tudo isto contado pela voz da criança que fui: tudo isto
embebido na ambiência dos anos 80: o monopartidarismo, os cartões de
abastecimento, os professores cubanos, o hino cantado de manhã e a nossa cidade
de Luanda com a capacidade de transformar mujimbos em factos.[…] Esta estória
fccionada, sendo também parte da minha história, devolveu-me memórias
carinhosas, permitiu-me fxar, em livro, um mundo que já é passado, um mundo que
me aconteceu e que, hoje, é um sonho saboroso de lembrar (ONDJAKI, 2000). Ndalu
de Almeida, poeta, escritor, cineasta e sociológo, mais conhecido como Ondjaki,
atualmente mora no Rio de Janeiro, mas nasceu em 1977 em Luanda. Cultuado por
compôr o panteão dos escritores africanos contemporâneos que se destacam no
mercado editorial, em poesia e prosa se enreda nas estruturas da realidade
angolana para contar histórias. Com referências a literatura brasileira, o
vencedor do prêmio Jabuti de literatura lança agora o livro de poesias Há
prendisajens com o xão do chão, o título nos remete ao " Gramática
Expositiva do chão" do poeta
Manuel de Barros, a quem Ondjaki reverencia com um poema.
Três Sombras - Cyril
Pedrosa - Joachim e seus pais levam uma vida tranquila em uma pequena casa
no campo. A aparição de três sombras no alto de uma colina, no entanto, corrói
a harmonia da vida em família e enche os pais de dúvidas. Seriam viajantes? Por
que estão rondando a casa? A cada tentativa de proximação, as figuras
misteriosas desaparecem. Logo, eles percebem que as sombras estão ali para
buscar Joachim. Recusando-se a aceitar esse fato, o pai foge com o filho em uma
viagem febril e desesperada, sempre com as sinistras sombras em seu encalço.
Joachim deixa assim seu mundo idílico pela primeira vez para viajar por terras
hostis em um navio precário, onde conhe cerá um mundo cercado de adultos
trapaceiros e imorais.
Vagalovnis - Antônio
Barreto - O título Vagalovnis “brinca” com o radical vaga- (de vagar,
vagalume) e a sigla ovni (objeto voador não identificado). O livro se
transforma, então, numa “nave” que conduz o leitor a mais uma viagem poética do
premiado autor, passeando por poemas em que seres, elementos e sentimentos se
movem no espaço, na natureza, dentro dele mesmo, numa paisagem – verbal e
visual – às vezes enigmática, às vezes estranha, sempre intrigante…
O Bem-Amado -
Dias Gomes - 'O Bem-Amado' é a divertida peça de Dias Gomes que se
transformou em novela (a primeira a cores do país), seriado e filme. Nela é
retratado o típico político astuto que não mede esforços para atingir seus
objetivos. E o que Odorico Paraguaçu, novo prefeito de Sucupira, mais deseja é
inaugurar sua grande realização política: o primeiro cemitério da cidade.
Ambientada em um típico lugarejo do interior baiano, O Bem-Amado lança luz
sobre a demagogia, os delírios de grandeza e a tirania ainda tão presentes no
Brasil.
10 Anos com
Mafalda - Martins Fontes - Este álbum reproduz, organizadas por tema, as
tiras desenhadas por Quino durante os dez anos em que produziu a Mafalda.
O álbum reúne em 13 temas todas as histórias da Mafalda, para deleite dos fãs e
futuros fãs.
80 Anos de
Poesia - Mário Quintana - " Antologia traz amostragem cronológica e
abrangente de vasta obra do poeta gaúcho; O livro abrange os 80 anos de
atividade poética do autor, portanto, seus principais livros: A rua dos
Cataventos (1940), Baú de espantos (1986), Sapato florido (1948), Espelho
mágico, O aprendiz de feiticeiro (1950) Caderno H (1945-1973), Apontamentos de
história sobrenatural (1976) e Nova antologia poética (1981-1985). A seleção, a
cronologia e a bibliografia ficaram a cargo da organizadora da coleção; a
fixação de texto, de Lúcia Rebello e Suzana Kanter; e a elucidativa
apresentação..."
Na Colônia
Penal ( de Franz Kafka ) - Silvain Riard e Mael - Enviado a uma colônia penal para dar sua
opinião sobre os métodos nela empregados, um viajante descobre ali um sistema
judiciário bárbaro. Ele assiste a uma execução em que o condenado é preso a uma
máquina, que inscreve em seu corpo a sentença, até que a morte venha. Além dele
e do próprio condenado, participam da cena apenas um soldado e o oficial
encarregado de ministrar a justiça, o que será feito com o auxílio da máquina,
expressamente concebida para que cada condenado sinta na carne o peso e a
especificidade da sentença que recebeu. Com esse texto, que evoca O jardim dos
suplícios, do escritor francês Octave Mirbeau, Kafka retrata uma humanidade
covarde e indiferente à sua própria violência. Novela cruel e sinistra que foi
bastante criticada na época de sua publicação, Na colônia penal nada perdeu de
sua pertinência, revelando a atemporalidade da obra de Franz Kafka.
Gargântua -
François Rebelais e Ludovic Debeurme - Depois de tanto comer buchada,
Gargamela deu à luz Gargântua, um gigante tão insaciável quanto seu pai,
Goelagrande. Quando criança, o menino costumava chafurdar na lama, lavar as
mãos na sopa. Adolescente, cismou de roubar os sinos da igreja de Notre-Dame
para com eles enfeitar o pescoço de sua égua. Adulto, após anos de estudo,
empenhou-se na guerra das fogaças, vencida graças ao hilariante frei João des
Entommeures, e na construção da abadia de Thelema, cujos membros se orientavam
pela única regra válida: “Faça o que quiser”. Uma adaptação fiel e divertida de
alguns dos episódios mais conhecidos da vida de Gargântua, um clássico da
literatura francesa.
Fúria Nórdica (
Sagas Vikings ) - Carmem Seganfredo e A. S. Franchini - Neste livro, o leitor
encontrará transplantado algo do clima feroz e irreverente deste povo pagão, ao
mesmo tempo em que se declinará com as soluções repletas de interpretação
criativa e bom humor, encontradas pelos autores para preencher as lacunas
históricas e textuais dos relatos originais. A Saga de Erik, o Vermelho,
tornou-se célebre por vários motivos: ela conta como Erik descobriu, nomeou e
colonizou a Groelândia. Além disso, conta sobre seu filho Leif, o Sortudo, que
acidentalmente encontrou a América, cinco séculos antes de Cristovão Colombo,
tendo sempre por pano de fundo as disputas entre os pagãos vikings e os
primeiros católicos nórdicos, os "vira-casacas" do deus Odin. Para se
ter uma ideia do tipo de fama que esta saga abarca, a banda Led Zeppelin fez
uma música dedicada ao filho de Erik, Leif Eriksson, chamada The Immigrant
Song, cantada pela perspectiva livro apropriado a todos aqueles que gostam de
unir cultura e diversão, mas que não tem medo da ferocidade barbárica natural
afamada do povo nórdico.
A Terceira
Margem do Rio - João Guimarães Rosa ( Adaptação ) - “A terceira margem do
rio” é uma das narrativas que compõem o volume Primeiras estórias, de João
Guimarães Rosa, publicado originalmente em 1962. Agora, graças às belas
ilustrações de Thaís dos Anjos, o pai, aquele “homem cumpridor, ordeiro,
positivo”, a mãe e os três filhos adquirem novos matizes, e o rio “grande,
fundo, calado que sempre”, permanece “de meio a meio” a cada quadrinho, fazendo
outra vez, nessa renovada leitura do conto rosiano, nosso coração bater “no
compasso do mais certo'.
Dez Anos e Nove
Meses - Fúria Nórdica - Fred Paronuzzi - Neste livro, o leitor encontrará
transplantado algo do clima feroz e irreverente deste povo pagão, ao mesmo
tempo em que se declinará com as soluções repletas de interpretação criativa e
bom humor, encontradas pelos autores para preencher as lacunas históricas e
textuais dos relatos originais. A Saga de Erik, o Vermelho, tornou-se célebre
por vários motivos: ela conta como Erik descobriu, nomeou e colonizou a
Groelândia. Além disso, conta sobre seu filho Leif, o Sortudo, que
acidentalmente encontrou a América, cinco séculos antes de Cristovão Colombo,
tendo sempre por pano de fundo as disputas entre os pagãos vikings e os
primeiros católicos nórdicos, os "vira-casacas" do deus Odin. Para se
ter uma ideia do tipo de fama que esta saga abarca, a banda Led Zeppelin fez
uma música dedicada ao filho de Erik, Leif Eriksson, chamada The Immigrant
Song, cantada pela perspectiva livro apropriado a todos aqueles que gostam de
unir cultura e diversão, mas que não tem medo da ferocidade barbárica natural
afamada do povo nórdico.
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